Investigação indicia 47 pessoas por organização criminosa em Araranguá
A investigação teve início em janeiro de 2020, após o homicídio de um homem em Balneário Arroio do Silva
Uma investigação relacionada à organização criminosa que atuava na região Sul de Santa Catarina foi concluída no início deste mês pela Polícia Civil,por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá. Foram indiciados 47 investigados, dos quais 19 já se encontram presos.
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Conforme a polícia civil, eles teriam participado em crimes como tráfico de drogas, tortura, corrupção de menores, porte de arma e homicídios, ocorridos no Vale do Araranguá. O inquérito policial identificou 17 suspeitos entre os indiciados que ocuparam ou ocupam papel de liderança dentro da organização criminosa.
“Entre esses líderes, pelo menos duas mulheres ocuparam cargos à frente da facção em toda a região Sul do Estado e até em nível estadual. O grupo também é acusado de envolver adolescentes nas práticas criminosas”, informou o delegado da Dic, Jair Pereira. Ainda segundo ele, um procedimento específico para apurar a atuação de uma menor foi instaurado pela DIC.
Entenda o caso
A investigação teve início em janeiro de 2020, após o homicídio de um homem em Balneário Arroio do Silva. Ele era apontado como um dos líderes locais de uma organização criminosa com atuação em todo o Estado. As diligências foram realizadas ao longo de 18 meses, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão e análise de objetos e documentos apreendidos na posse dos investigados.
Conforme a polícia civil, a facção investigada atuava dentro e fora das unidades prisionais catarinenses e possui estruturas locais de organização em vários municípios, entre eles Araranguá e Balneário Arroio do Silva.
“ A Polícia Civil acredita que pelo menos 11 execuções praticadas entre o final de 2019 e início de 2021 tenham sido praticadas na região envolvendo membros do grupo investigado. Alguns inquéritos desses homicídios já foram concluídos com indiciamento e outros estão em investigação”, informou a autoridade policial.
O inquérito policial concluído foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público.