Instalação de empresa causa polêmica em Forquilhinha
Moradores protestaram na Câmara de Vereadores contra instalação de uma empresa de transbordo do lixo em Forquilhinha
Os moradores da Santa Líbera e bairros próximos marcaram presença na Câmara de Forquilhinha nesta segunda-feira, dia 3, protestando contra a possível instalação de uma empresa na comunidade que pretende fazer o transporte e transbordo de resíduos sólidos. Com mensagens de “Transbordo de lixo aqui não! A comunidade da Santa Líbera não aceita esse retrocesso”, “Coloca o lixão na sua casa prefeito”, entre outras, eles repudiam o local escolhido.
Em busca de esclarecimentos à comunidade, os vereadores aprovaram o requerimento nº 12/2023 que pede ao Executivo mais informações sobre a instalação da empresa. Além de solicitar cópia do alvará, licenciamento ambiental e o endereço onde ocorrerá a operação do depósito e armazenamento dos resíduos sólidos, os vereadores também querem saber se houve benefícios fiscais, estudo de impacto de vizinhança e se a comunidade foi consultada.
Para a vereadora Marilda Casagrande (PP), a escolha do local foi uma decisão errada por ser uma área castigada pela poluição deixada com a extração de carvão nos bairros Santa Líbera, Cidade Alta, Sangão, Passos de São Roque e Ouro Negro. “Depois de anos de luta para eliminar o lixão de Forquilhinha buscando a recuperação ambiental, novamente estaremos retrocedendo e poluindo nossos bairros fazendo circular dezenas de caminhões de lixo de vários municípios”, disse.
“Não tem necessidade disso. Um município rico de ofertas e com a energia mais barata pode atrair empresas que ofereçam o que a nossa cidade quer, bons empregos para a nossa gente. Forquilhinha já deu a sua contribuição nessa área, por isso queremos respeito e explicação. Não existe vantagem nesse retrocesso”, destaca Marilda ao apresentar o requerimento assinado também por Valdeci Figueredo (PDT), Marcos Rocha Macedo (PDT), Dinho Rampinelli (PL) e Felipe Dordete (PP).
Segundo o vereador Célio Elias (PT), a empresa é privada e possui licença do Ministério Público Federal (MPF) e do Instituto do Meio Ambiente (IMA). “A empresa trabalha com transbordo e o lixo não deve ficar nem 24 horas no local. Primeiro temos que conhecer o processo para depois fazer o questionamento”, declara informando que haverá uma reunião nesta terça-feira, dia 4, para esclarecer a comunidade.