Iniciativas reduzem problemas de enchentes em projetos residenciais

As consequências da urbanização desacelerada, da falta de planejamento e do aumento de incidência de chuvas provocam problemas para o Rio Grande do Sul. Mas, este não é um imprevisto exclusivo no Brasil. Na Holanda, na costa norte de Roterdã, investimentos milionários formaram uma barreira natural para proteger os moradores. No sul de Santa Catarina, as regras rígidas de Legislação e estratégias específicas auxiliam com o desenvolvimento sustentável de soluções habitacionais.

Segundo o engenheiro Dante Magagnin, que atua no projeto topográfico de loteamentos, para soluções de urbanização como no bairro São Luiz, em Criciúma, exigem medidas preventivas. “Por estar em uma área mais alta, utilizamos de drenagem dimensionada que segue todos os requisitos para carga de chuva que irá incidir”, analisa. No Parque Darós, com aproximadamente 90 lotes, a pavimentação asfáltica também é importante para o escoamento de água. “O tipo de pavimento juntamente com terrenos inclinados são outros fatores para minimizar o impacto das chuvas”, complementa Magagnin. 

Com características de relevo semelhantes, a Holanda formou barreiras naturais protetoras que evitam alagamentos. Em projetos residenciais, como o que a cidade recebe no bairro São Luiz, outras pequenas medidas auxiliam no processo. “Para evitar com que a água acumule ao redor da casa a ser construída, o gramado deve usar solo pesado. O escoamento superficial da chuva deve ser pensado para que seja colocado em um local apropriado, como uma calha de rua”, explica o arquiteto do Parque Darós, Fabrício Caporal.

Próximo ao centro e com obras previstas para conclusão em dezembro, o projeto chama a atenção de moradores como da presidente da Associação do São Luiz, Nair Nazário. “Nossa localidade cresceu muito. Quanto mais empresas investem aqui e opções de moradores ficamos muito satisfeitos”, afirma.