Nos últimos dias, pelo menos cinco grandes incêndios em residências mobilizaram o Corpo de Bombeiros, no Sul Catarinense. Além de danos e prejuízos que podem chegar à casa dos milhares de reais, essas ocorrências destroem documentos e fotos irrecuperáveis e, mais que isso, podem deixar pessoas feridas ou até mesmo mortas. Por isso, os bombeiros repassam uma série de orientações sobre como evitar esses casos.
A cada incêndio, o local é periciado por uma equipe especializada, a fim de identificar o que provocou as chamas. “Mais de 60% dos casos ocorrem em residências. Nossa Divisão de Perícias relacionou as principais causas e, na maioria, a origem é interferência humana, por dolo, negligência, imprudência ou imperícia”, comenta o tenente Arthur Júnior, frisando que problemas em instalações elétricas ou uso inadequado de eletrodomésticos são lideram as estatísticas.
Algumas medidas simples podem evitar transtornos e destruição. “É importante conferir a situação da fiação elétrica, principalmente em residências construídas há muito tempo, com a instalação adequada àquela época”, ressalta, lembrando que aparelhos que antes não eram comuns, hoje estão em muitas casas. “Ar condicionado e aquecedor, em sistemas não preparados para esse consumo, levam à sobrecarga, que pode causar um curto-circuito”, afirma.
Perigo na rede elétrica
Os chamados T’s ou benjamins também podem causar problemas. “Eles fazem com que uma quantidade grande de energia circule por um fio que não tem essa capacidade. É preciso alertar para que as pessoas tomem atitudes preventivas em relação à segurança contra incêndios”, salienta, destacando que uma tomada em mau estado também representa perigo. “O uso incorreto de um fogão a lenha também pode iniciar um incêndio de grandes proporções”, considera.
O uso do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, também exige cuidados. “Recomendamos que seja instalado do lado de fora, num abrigo ventilado, para que não haja vazamento no interior da residência”, conclui o tenente.