Passou as eleições do Conselho Tutelar de Içara, mas a disputa está longe de acabar. Um grupo de oito candidatos que não foram leitos, no último pleito do dia 6 de outubro, lançaram na Internet, nesta quarta-feira, 9, uma petição pública para buscar assinaturas com a missão de anular as eleições.
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Um dos integrantes do grupo, Gislaine Batista Barbosa – que atualmente é conselheira tutelar no município – destaca que as eleições do Conselho tiveram várias irregularidades, e que as autoridades responsáveis não teriam tomado providências diante as denúncias feitas no dia do pleito. “Haviam pessoas da máquina pública trabalhando para alguns candidatos. Está tudo errado”, denúncia Gislaine.
Problemas detectatos pelo grupo
Entre a lista de problemas destacados pelo grupo estão: poucas urnas; mal tempo; espera demasiada em filas, ultrapassando até duas horas; mesários da máquina pública com acesso ao caderno de eleitores; pessoas ligadas a partidos políticos trabalhando na eleição e organização no dia da eleição; suspeita de compra de votos; falta de comprovação do voto; suspeita de transporte de eleitores. Clique aqui e confira a petição.
Gislaine também revela que estão preparando um documento para ser encaminhado ao Ministério Público da cidade para que tome providências legais quanto aos casos elencados pelo grupo.
“Tenho inclusive um áudio onde a pessoa oferece dinheiro para comprar o voto da filha de uma conhecida minha”, completa.
Comissão eleitoral explica sobre o pleito
De acordo com a presidente, Deise Macedo, da comissão organizadora das eleições do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), a tal petição não tem legitimidade para anular o processo eleitoral.
“O processo eleitoral foi realizado de acordo com a legislação, com orientações a todos os candidatos, incluindo todo o acompanhamento do processo com o Ministério Público. Todo processo eleitoral durante todo o dia da eleição, teve o acompanhamento da servidora do Ministério Público para dar maior garantia de lisura no pleito. Outra questão, nós da comissão nos fizemos presentes durante todo dia em uma sala para receber qualquer denúncia que houvesse, tudo para garantir também a lisura do processo. No final da eleição todos os candidatos e fiscais estavam autorizados a acompanhar o procedimento de apuração. Agora os candidatos que entendem que foram prejudicados, tem total liberdade para requererem o que entenderem de direito, é assim que funciona em uma democracia”, conclui Deise.