Hong Kong vai distribuir 500 mil passagens aéreas gratuitas para atrair turistas
Passagens serão distribuídas entre três companhias aéreas: Cathay Pacific, HK Express e Hongkong Airlines
O governo de Hong Kong anunciou planos para distribuir 500 mil passagens aéreas gratuitas como parte dos esforços para reviver sua indústria do turismo e atrair visitantes de volta à cidade. A iniciativa “Hello Hong Kong” foi lançada na quinta-feira, 2, mas está em andamento há mais de dois anos.
As passagens serão distribuídas entre as três companhias aéreas da cidade – Cathay Pacific, HK Express e Hongkong Airlines. Os 500 mil tickets custaram à cidade cerca de US$ 254,8 milhões no total.
Como funciona o sorteio
Os turistas que desejam viajar para Hong Kong podem visitar a página inicial do World of Winners a partir de 1º de março para inserir seus nomes na loteria de passagens aéreas. Os ingressos serão distribuídos em três etapas: a partir de 1º de março para pessoas do Sudeste Asiático, de 1º de abril para pessoas que vivem na China continental e de 1º de maio para residentes no resto do mundo.
A população local também podem entrar em ação. A partir de 1º de julho, algumas passagens aéreas serão distribuídas aos habitantes de Hong Kong ansiosos por uma chance de compensar o tempo de viagem perdido.
Quem já esteve em Hong Kong antes encontrará uma cidade diferente daquela de que se lembra. Algumas atrações locais amadas, como o restaurante flutuante Jumbo Kingdom, fecharam permanentemente. Outros, como o famoso Peak Tram, passaram por uma reformulação durante a pandemia.
Trazendo viagens de volta
Hong Kong foi lenta e cautelosa em sua abordagem à pandemia de Covid-19. A cidade começou a cancelar eventos presenciais em janeiro de 2020, quando os primeiros casos de pacientes com sintomas de uma nova doença semelhante à gripe foram relatados em Wuhan, na China.
Viajar para dentro e fora de Hong Kong foi desafiador e caro durante a pandemia. Quarentenas rígidas, que chegaram a 21 dias de isolamento, e requisitos para vários testes de diagnóstico molecular (PCR) mantiveram a maioria dos viajantes distantes.
Essas quarentenas eram oferecidas em hotéis e pagas pelos viajantes. Aqueles que testaram positivo para o vírus na chegada foram enviados para instalações do governo. A entrada na cidade era restrita aos residentes de Hong Kong.
Um grupo do Facebook com mais de 30 mil membros ajudou os habitantes de Hong Kong a apoiar uns aos outros durante o período desafiador, com alguns membros compartilhando entregas de comida, dando conselhos sobre como lidar com a solidão e trocando dicas de exercícios.
Antes da pandemia, Hong Kong recebia 56 milhões de visitantes em um ano típico. Em 2022, esse número caiu para cerca de 100 mil.
E não eram apenas os turistas estrangeiros que se afastavam. O centro financeiro experimentou sua maior queda populacional desde 1961, caindo 1,6%.
Quando o executivo-chefe da cidade, John Lee, anunciou em setembro de 2022 que as quarentenas terminariam, alguns temeram que pudesse ser tarde demais.
Por CNN Brasil