Por Willi Backes
A história futebolística e institucional do Criciúma Esporte Clube após retorno em 1978 ao futebol profissional, é retrato falado e escrito do comportamento dos abnegados dirigentes frente à gestão do clube.
A Entidade teve Presidentes de toda ordem quanto a capacidade na gestão, em liderar e comandar equipe diretiva e profissionais no futebol. A história eleva em seus registros, notadamente àqueles que estiveram na presidência quando o clube conquistou competições regionais, nacional e inserido em competição internacional. Com o presidente, é justo que assim seja.
Injusto é o relativo esquecimento quanto aos demais dirigentes que nos bastidores, fizeram as coisas acontecerem através das boas práticas. Não só na relação com o grupo de jogadores profissionais e treinadores, mas, também com as equipes de base, na construção e preparação do maior patrimônio da Entidade.
Neste momento, o Criciúma EC passa por crises na relações institucionais da Entidade, não tem o dirigente do futebol, não tem o condutor treinador, em meio a duas importantes competições e na véspera de mais uma competição nacional. A sobrevida é decorrente da réstia da sua história vitoriosa, conquistada por equilibradas gestões do passado.
Do passado relembro de dirigentes responsáveis pela organização e condução do futebol, vitoriosos e quase anônimos quando dos louros das conquistas, porém de fundamentais importância na construção. Aderlei Porto, Nério Spilere, Miro Andrade, Antônio Sérgio Fernandes, Geraldo de Farias, Lauro Búrigo, Dorly Naspolini, Valdeci Rampinelli, Francisco Milioli Neto. Todos com raiz e identidade regional.
Testemunhei em alguns inícios de temporada, o Milioli Neto, o melhor entre os melhores, com uma folha de papel dobrada no bolso, com relação de jogadores e comissão técnica a ser contratada. Pesquisava, contatava e contratava. Poucos eram os erros nas contratações. Das equipes da base vinham os temperos.
Importantes treinadores passaram por aqui. Quando contratados, eram um pouco mais do que desconhecidos. Zé Carlos, Lori Sandri, Vacaria, Luiz Felipe Scolari, Cuca, Levir Cupi, Dorival Junior, Gilson Kleina, Espinosa, construíram carreiras vitoriosas tendo o Criciúma EC como alavanca na lembrança. Nesta relação estão Campeão em Copa Mundial, Campeões Mundiais Interclubes, Campeões da Libertadores, do Brasileirão, da Copa do Brasil e de torneios Estaduais.
Quando o clube ousou contratar dirigentes/gerentes e treinadores com famoso curriculum, fracassou nos resultados, financeiro e técnico. Abstenho de relacionar esses, mas, a memória não trai.
Contratar com os dois olhos avaliando o holerite do contratado, é imaginar e se preparar para fracasso próximo. Com atual estado das coisas no Criciúma EC, não há no Brasil e no mundo algum treinador, com salário exorbitante, em condições para retribuir com conquistas decorrentes da alta remuneração.
Agora, aparentemente estamos na véspera de nova aventura. A avaliação é de quanto a GA poderá pagar aos novos, dirigente e treinador.
O erro não está nos contratados. O acerto deveria estar com quem seleciona, contrata e paga.
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