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Hemerson Maria: das arquibancadas do Scarpelli para área técnica do Majestoso

Manezinho da Ilha, ex-jogador e técnico licenciado pela CBF, busca espaço com muito trabalho

Manezinho da Ilha, ex-jogador, que encerrou a carreira de forma precoce, aos 23 anos. Esse é Hemerson Maria, o técnico do Criciúma para a temporada 2021.

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HM começou a carreira de treinador no futebol profissional em 2012, no comando do Avaí. Agora, em 2021, nove anos depois, após passagens por Joinville, Figueirense e Chapecoense, chega ao Tigre.

O novo comandante Tricolor se define como um profissional que está em busca de seu espaço. “Comecei lá de baixo, Joguinhos Abertos, Moleque Bom de Bola, passei por todas as categorias. Agora, estou terminando a Licença Pro da CBF Academy. Tenho muito objetivos ainda na vida e estou muito realizado e motivado em trabalhar no Criciúma. É arregaçar as mangas e trabalhar.”

Processo de montagem do elenco

O Criciúma conta com 9 jogadores em seu plantel, sendo 7 remanescentes do ano passado e oriundos da base, 2 emprestados e um em renovação. Planejando chegar aos 26 jogadores, o Tigre tem um mês e meio para fechar o grupo, começar a trabalhar e se preparar para a estreia no Catarinense, em casa, dia 24, às 20h30, contra o Hercílio Luz. Desafio para Hemerson Maria.

“Se falar que é uma tarefa fácil vou estar mentindo. Vamos ter cerca de 15 dias para trabalhar com o grupo todo. Se a maioria dos jogadores vierem da Série B e C, vão estar em condições de jogo. Então, o tempo não será problema. Mas estamos em busca de jogadores que já atuaram comigo, que se encaixam no meu modelo de jogo”, afirma.

Questionando sobre a vontade do diretor de futebol, Waldeci Rampinelli, de fazer o time do Catarinense com menos investimento que o da Série C, o técnico foi cauteloso.

“O Ideal é terminar o Catarinense e começar a Série C com 70% do time montado. Depois vamos agregando, foi assim que fiz com o Joinville em 2014, quando fomos campeões da Série B. Porque é muito arriscado fazer uma reformulação no elenco durante uma competição, a prova disso foi o desempenho do Criciúma na temporada passada”.

Estrutura do Criciúma

Todos os últimos dirigentes, treinadores e jogadores que chegaram ao Criciúma elogiaram a estrutura do clube, até mesmo em comparação com a estrutura de times da Série A e com Hemerson Maria não foi diferente. Porém, essa boa estrutura não vem rendendo bons resultados para o Tigre e a expectativa é que em 2021 a história seja diferente.

“Não fazendo nenhum tipo de crítica, porque não estava aqui. O Criciúma teve excelentes comissões técnicas, inclusive falei com o Itamar Schulle (último técnico a comandar o Tigre) antes de vir pra cá. De longe, o que senti foi que faltava uma sintonia entre a comissão técnica e o departamento de futebol. Por exemplo, no Brasil é difícil que o treinador tenha a oportunidade de começar o trabalho do zero e eu estou tendo essa oportunidade, então precisamos estar em sintonia, presidente, departamento de futebol e comissão técnica”, pondera.

Objetivos traçados

O novo comandante não prometeu títulos, mas trabalho. “Vai se trabalho e consequência, não adianta eu vender ilusão pro torcedor e falar que a gente vai disputar o título do Catarinense. Nosso arco e flecha está voltado para o acesso à Série B do Brasileirão.

Torcida pelo Figueirense

Depois do burburinho por conta do treinador ter falado durante a coletiva ser torcedor do Figueirense, HM, usou um título conquistado para deixar claro que isso em nada interfere no seu trabalho.

“Meu primeiro título foi como Campeão Catarinense pelo Avaí em cima do Figueirense”, relembra o técnico, que não se mostrou insatisfeito em falar sobre o assunto, mas que acredita que o tabu relacionado a que time torcem jogadores e treinadores, precisa ser derrubado.

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