H3N2: tudo sobre o vírus que tem assustado o país
Médicos alertam para ações de prevenção
Uma nova preocupação tem surgido nos últimos dias. A nova variante do vírus Influenza A tem deixado o mundo todo em alerta. Apesar da recente preocupação, o H3N2 não é novo. Ele é considerado sazonal e conhecido desde a pandemia de 1968, com a gripe de Hong Kong. Comum no outono e inverno, a nova cepa chamada Darwin assusta, já que tem seus índices de infecção elevados iniciando na primavera, o que não é comum.
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De acordo com a médica infectologista, Monica Anselmo Junkes, as variantes surgem durante o processo infeccioso. Em contato com o organismo, o vírus se multiplica, criando várias cópias de si, durante esse processo podem haver erros na cópia, originando assim novas variantes. Quanto maior for a carga viral circulando entre as pessoas, maior serão as chances de que novas variantes surjam. “Por isso que nesse contexto a vacina é tão importante, quanto menos pessoas infectadas, menos variações vamos ter”, disse.
O médico pneumologista Raphael Farias também alerta para a importância da vacinação. “Todos os anos nós temos variantes do vírus da gripe, é um ciclo natural. Dessa forma, quanto mais pessoas estiverem protegidas melhor”, afirmou.
Os sintomas são muito parecidos com os de qualquer gripe. Por isso é importante ficar alerta e procurar atendimento médico. Mesmo que o teste para Covid-19 dê negativo é essencial que o paciente siga as orientações do médico, já que, para cada caso existe um tratamento adequado. “Nós temos remédios específicos que podem ser administrados para o tratamento da cepa”, explicou Raphael.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Até o momento, foram identificados 53 casos de influenza A no Estado, sendo que em 33 foi identificado o subtipo H3N2, embora não tenham sido feitas coletas de todos os casos suspeitos.
Em Criciúma, de acordo com o secretário da Saúde, Acélio Casagrande, uma força tarefa está sendo realizada para conter a disseminação. “O município já emitiu uma nota de alerta e já notificou todos os serviços, reforçando orientações às equipes. Reforçamos ainda mais a unidade sentinela (centro), aumentaremos também o número de coletas de PCR para sequenciamento e identificação dessa variante, além de termos reforçado a medida de prevenção, sendo a mesma para COVID. Estamos fazendo o máximo para conter esse surto que está acometendo todos os Estados”, afirmou.
Dra. Monica junkes reforça que o vírus da gripe se propaga facilmente pelo ar, por meio de gotículas respiratórias expelidas por uma pessoa infectada quando ela fala, canta, tosse ou espirra, e é responsável por elevadas taxas de hospitalização. “É preciso que todos tenham consciência e continuem tomando todas as medidas possíveis para evitar contaminação”, disse.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica alerta para os cuidados:
- Manter o uso da máscara, especialmente nos locais pouco ventilados ou em que não é possível manter o distanciamento social;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
- Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
- Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;
Dotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.