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Grupo de Pesquisa desenvolve modelo animal de transtorno bipolar

O transtorno bipolar está entre as condições médicas mais incapacitantes e tem sido visto como um problema de saúde pública em todo o mundo. Tendo em vista a necessidade de pesquisas para o teste novas alternativas para o tratamento dessa condição médica, o Grupo de Pesquisa de Transtorno Bipolar, do Laboratório de Psiquiatria Translacional do PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde) da Unesc, desenvolveu um modelo animal de transtorno bipolar, sobre o qual já teve artigo publicado em periódico internacional do grupo Nature, o Translational Psychiatry.

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Conforme a coordenadora do Grupo, Samira Valvassori, o foco da pesquisa se trata do primeiro modelo animal descrito na literatura em que um mesmo animal apresenta tanto comportamento do tipo maníaco quanto do tipo depressivo. “Portanto, a partir de agora a comunidade científica pode testar substâncias terapêuticas que tenham ação sobre os episódios de humor que são opostos, a mania e a depressão, que são característicos do transtorno bipolar”, explica.

De acordo com Samira, apesar da importância desse transtorno, atualmente existe apenas um estabilizador do humor específico para o seu tratamento, o lítio. Os outros fármacos que são utilizados foram desenvolvidos primeiramente para outra condição médica, como por exemplo, os anticonvulsivantes, os antipsicóticos e os antidepressivos. Ainda que existam opções para o tratamento da bipolaridade, a grande maioria dos pacientes não tolera ou responde adequadamente a esses fármacos e muitas vezes apresentam recaídas, mesmo em uso da medicação adequada”, comenta a pesquisadora.

Além da professora Samira Valvassori, o grupo responsável pela pesquisa é formado ainda pelos pesquisadores João Quevedo, Gustavo Dal Pont, Wilson Resente, Roger Varela, Jéssica Lopes Borges e José Henrique Cararo.

 

 

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