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Gravidez na adolescência: alto índice preocupa entidades

Preocupados com o crescente número de casos de gravidez na adolescência, conselheiros tutelares e representantes do Conselho de Direitos das Crianças e Adolescentes estiveram reunidos com técnicos da Secretaria de Saúde de Siderópolis. No encontro, foram discutidas algumas ações para tentar evitar a gravidez precoce.

Uma das estratégias propostas na reunião foi à intensificação de campanhas educativas junto aos adolescentes, por toda a rede de atendimento. “Essa problemática não afeta apenas uma área, mas toda a rede. Além da gravidez precoce e suas implicações de saúde, muitas vezes a adolescente acaba abandonando os estudos em função da gestação. É preciso incentivá-los a buscarem orientações nas Unidades Básicas de Saúde. Assim, os adolescentes poderão tomar decisões, de forma mais consciente, sobre a vivência da sua sexualidade, de forma segura, responsável e com conhecimento sobre seu corpo”, aponta a presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) e secretária de Assistência Social, Gladys Kestering.

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Outra ideia é disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas, por meio das equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF). “O acompanhamento das equipes de ESF com famílias que têm adolescentes é muito importante. É preciso que cada equipe tenha mapeado em seus territórios essas famílias para incentivá-los a se informarem sobre os cuidados. Nessa conversa com os profissionais de saúde podem diminuir dúvidas e ansiedade, tornando-se mais seguros e confiantes sobre seu desenvolvimento afetivo e direitos sexuais”, destaca a presidente do CMDCA.

O Programa Saúde na Escola (PSE), desenvolvido em Siderópolis, também tem papel importante na conscientização dos jovens. “É uma estratégia que aborda, inclusive, a prevenção da gravidez na adolescência dentro da linha de ação sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos e Prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis e HIV/Aids. Além de diversos métodos contraceptivos disponíveis na rede básica de saúde”, ressalta a coordenadora de atenção básica, enfermeira Aline Brogni Vieira.

Ainda conforme a presidente do CMDCA, compreender o papel dos conselhos é fundamental. Principalmente, por se tratarem de espaços que funcionam como mecanismos de defesa e garantia dos direitos das crianças e adolescentes. “Queremos, de forma conjunta e articulada, atuar nestes casos. O Conselho Tutelar, como órgão público municipal, permanente e autônomo, eleito pela sociedade para zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes cumpre com o seu papel de zelar por esses direitos”, destaca Gladys.

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