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“Grandes booms tiveram apoio de fomento”, diz presidente do Badesc- Eduardo Machado

A pior crise global desde o fim da Segunda Guerra já exige de governos de todas as nações iniciativas para minimizar, além dos impactos sociais, também as consequências econômicas. As principais nações do mundo capitalista, como os países ricos da Europa e os Estados Unidos já abriram os cofres. No Brasil, o Congresso segue aprovando medidas no mesmo sentido.

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Diante deste cenário, é importante que todas as esferas estejam preparadas para amparar seus setores mais próximos, sob o risco de que a crise impacta em toda uma comunidade. Em Santa Catarina, as principais ações voltadas para o micro e pequeno empreendedor estão sendo encabeçadas pelo Badesc, agência de fomento pública e referência no assunto.

O presidente da instituição, Eduardo Machado, conversou com a coluna Pelo Estado e detalhou as quatro principais iniciativas para minimizar a crise. As ações são realizadas em conjunto com o governo do Estado e oferecem opções desde o crédito a juro zero até linhas de financiamentos com prazos de carência.

[PE] – Qual é leque de opções que o Badesc tem para oferecer ao empreendedor neste momento tão difícil para a economia?

Eduardo Machado – São quatro ações imediatas que o Badesc, em conjunto com o grupo econômico do Estado, está priorizando para mitigar esse impacto na economia de Santa Catarina. Uma das medidas é a reabertura da linha de crédito chamada Badesc Emergencial. Essa linha é destinada a catástrofes como enchentes, vendaval, que infelizmente ocorrem no Estado. Nesse momento a interrupção do fluxo financeiro dos empreendimentos é chave e essa linha prevê a recomposição financeira, a título de empréstimo, para cobrir o período que o negócio não faturou. Esse capital conta com subsídio do estado. O empreendedor paga 0,3% ao mês e o estado equaliza o restante. Um detalhe é que esse subsídio depende de adimplência e conta com 12 meses de carência. Nos seis primeiros meses ele não paga, do 7º ao 12º mês ele só paga juros e depois, nos próximos 36 meses, ele finaliza o financiamento. A concepção dessa linha é de apoio. Nos seis primeiros meses ele não paga, do 7º ao 12º mês ele só paga juros e depois, nos próximos 36 meses, ele finaliza o financiamento. A concepção dessa linha é de apoio.

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[PE] – Qual que é o tamanho dessa linha de crédito e qual a previsão de demanda a ser atendida?

Eduardo Machado – Inicialmente vamos disponibilizar R$ 50 milhões, estamos buscando outras fontes para completar esse valor, essa é praticamente toda a disponibilidade de recursos próprios que temos para esse ano de 2020. Mas ainda podemos aumentar esse valor, dependendo dessas outras fontes. As operações podem ser contratadas em u0m intervalo de R$ 15 mil a R$ 150 mil, nós esperamos atender uma média de 600 empreendedores. É uma previsão média. Sabemos que, lógico, que a demanda vai ser muito maior que a oferta.

[PE] – Quais seriam as outras opções para quem não consegue acessar esse financiamento?

Eduardo Machado – Deve ser formalizado pelo governo do Estado via Medida Provisória a construção de um Fundo Estadual de Garantia de Crédito. Nesse caso entra a constituição de garantia de bens imóveis por meio de terceiros. Tem ainda uma terceira possibilidade que é suspensão de pagamentos de financiamentos para quem já é cliente do Badesc. Isso também é importante nesse momento que o empreendimento cessa a sua fonte de faturamento. Nesse programa o empreendedor pode postergar os pagamentos, através de solicitação ao banco por até seis meses. Essas seis prestações serão diluídas no saldo devedor.

 

Foto: Jaqueline Bassetto/Ascom Badesc

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