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Golpe do Whatsapp clonado faz vítimas na região. Saiba como se proteger do crime

É uma modalidade de estelionato que vem crescendo e fazendo vítimas em diversos lugares. O golpe envolvendo Whatsapp clonado chegou na região. Duas pessoas, uma de Nova Veneza e outra de Içara, foram envolvidas no crime, que lhes custou (somados) R$ 4,8 mil. Quem alerta é o ex-radialista de Criciúma, Charles Cargnin, que atualmente mora nos Estados Unidos (EUA) e teve sua conta na rede social clonada.

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Ele divulgou em suas redes sociais o trabalho que passou para tentar avisar todos os seus contatos, porém, ainda alguns acabaram caindo no golpe. “Criei um grupo no Whatsapp com mais de 150 pessoas para avisar. Mas, os criminosos ainda conseguiram”, relatou em seu Facebook.

Delegado explica como os criminosos procedem

O delegado Yuri Miqueluzzi, da Divisão de Repreensão à Roubos (DRR) da Polícia Civil de Criciúma explica que os golpistas procuram uma história para fazer a cobertura. Ou seja, mandam para a vítima uma mensagem pedindo a informação de um SMS que vai chegar. “Um exemplo usado: você acabou de anunciar um carro em um site gratuito de compra e venda. O golpista entra em contato e se diz funcionário daquela empresa. Alega que quer confirmar os dados e pede que informe o conteúdo (senha) do SMS que vai chegar”, revela o delegado.

Mas, na verdade, esse SMS é uma autorização para que a vítima instale seu número de Whatsapp em outro aparelho. Assim o golpista passa a usar o número de WhatsApp como se fosse o dono da conta. “Neste caso o aplicativo no aparelho da vítima é desabilitado. Nesse tempo, o golpista se passa pela vítima. Começa a realizar contatos com familiares e amigos e inventa uma situação de emergência. Diz que precisa urgente de dinheiro, por diversos motivos. Como os amigos e familiares têm aquele contato cadastrado como sendo da vítima, acreditam na história e fazem as transferências aos golpistas”, completa Miqueluzzi.

Em Criciúma, a apuração de estelionato é atribuição da 1ª e 2ª Delegacias de Polícia. As eventuais ocorrências deverão serem registradas e encaminhadas para estas unidades. “A tendência é ir diminuindo com a divulgação das informações nos órgãos de imprensa e mídias sociais”, conclui.

Saiba se seu Whatsapp foi clonado

É possível saber se que o WhatsApp foi clonado com algumas dicas simples. Em primeiro lugar, fique atento a atividades estranhas na sua conta. Caso observe que conversas não lidas por você constam como visualizadas, ou note mensagens que não lembra de ter enviado, é provável que o WhatsApp esteja ativo em um lugar diferente do seu aparelho.

Outro indício envolve as sessões ativas no WhatsApp Web. No menu principal do mensageiro, é possível conferir quais dispositivos estão conectados. Se houver algum login suspeito, pressione a opção “Sair de todas as sessões” para remover dispositivos estranhos.

Saiba evitar a clonagem do WhatsApp

Como a maioria dos aplicativos para clonar WhatsApp requer acesso físico ao celular, o primeiro passo para se proteger é não deixar o celular desbloqueado em qualquer lugar, sem supervisão. Instalar versões “turbinadas” do mensageiro, como o GB WhatsApp ou o Yo WhatsApp, é outra atitude que deixa o usuário vulnerável à clonagem — além de irem contra os termos de uso da plataforma.

  • Para reforçar a segurança da conta e impedir a ação de invasores, recomenda-se ativar a confirmação em duas etapas. Com isso, qualquer tentativa de verificação do seu número será acompanhada por um PIN criado por você, medida que impede a clonagem por código SMS, por exemplo.
  • Caso sinta que sua conta está em risco, uma medida emergencial é apagar conversas que revelem informações pessoais, como dados bancários e fotos íntimas. Para isso, abra a conversa e toque no ícone de menu (três pontos), no canto superior direito da tela. Em seguida, pressione “Mais” e escolha a opção “Limpar conversa”.
  • Outra dica diz respeito ao WhatsApp Web. É possível que, em algum momento, você esqueça o mensageiro logado no computador do trabalho, por exemplo, ou em alguma outra máquina que não seja sua. Nesse caso, basta tocar no ícone de três pontos, selecionar “WhatsApp Web” e se desconectar de todas as sessões. Na dúvida, sempre faça logout, mesmo no seu computador.
  • Vale, ainda, recorrer a aplicativos que colocam senha no WhatsApp. Dessa forma, quando alguém tentar acessar o mensageiro, precisará digitar também a senha do aplicativo, além do código exigido na tela de bloqueio do celular.

Como recuperar WhatsApp clonado?

Se o seu WhatsApp foi hackeado, entre em contato com a operadora do celular e solicite a suspensão temporária da linha telefônica. Em seguida, vá até uma loja autorizada da empresa e peça para transferirem o número para um novo chip. O procedimento é feito na hora.

Feito isso, envie um e-mail para [email protected] informando seu número no formato internacional (+55 9 xxxx xxxx) e solicitando bloquear o WhatsApp clonado. O perfil permanecerá suspenso por trinta dias para que você consiga reativá-lo. Após esse prazo, ele será apagado definitivamente. Depois que a linha estiver ativa outra vez, reinstale o aplicativo do WhatsApp e configure a conta.

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