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Gesto de amor: novo recomeço após doação de órgãos

Dia Nacional de Doação de Órgãos lembrado nesta segunda-feira, 27

O Dia Nacional de Doação de Órgãos lembrado nesta segunda-feira, 27, foi criado para conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto. Foi por meio da doação de órgãos, que a vida de Antenor de Jesus, 47 anos mudou e hoje ele sorri e celebra um novo começo.

O supervisor de qualidade de confecções, descobriu em 2013 que tinha nefropatia por IGA (problema que atinge os rins); por oito anos realizou inúmeros tratamentos entre eles hemodiálise e fez uso de medicações. Durante todo este tempo, ele precisava vir todos os dias ao hospital realizar tratamento. No dia 8 de agosto de 2020, a vida do supervisor mudou, quando recebeu uma ligação do serviço de transplante renal do Hospital São José.

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“Recebi a ligação da doutora Cassiana Mazon Fraga, perguntando como eu estava e que tinha um presente para mim. Foi muita felicidade. Fiz o transplante no mesmo dia; iniciamos às 22h30 e acabou 1h30 do dia 6 de agosto, que considero meu novo aniversário. A equipe do Hospital São José, minha família e amigos foram muito importantes para minha recuperação e são até hoje”, conta emocionado. “Apesar da dor dos familiares por ter perdido um ente querido, a doação de órgãos é um ato de amor e de generosidade”, destaca.

A Comissão Hospitalar de Transplantes no São José

O HSJosé possui uma Comissão Hospitalar de Transplantes (CHT) desde 2005. A equipe é composta por médicos e enfermeiros dedicados e experientes na área. Os profissionais divididos em equipes e plantões, auxiliam em conjunto no reconhecimento da morte encefálica (ME) e abordagem da família do paciente explicando e também fornecendo todas as informações e atendimento necessários para os familiares, bem como, auxiliando no processo de captação.

“Todos os casos de morte encefálica são acompanhados por esta equipe que dá suporte a família,  ao diagnóstico da morte, sempre supervisionado pela Central Estadual de Transplantes. A medida em que se confirma a morte, a equipe aborda a família do paciente para determinar a vontade ou não em doar os órgãos”, informa Felipe Dal Pizzol, médico intensivista e coordenador da Comissão Hospitalar de Transplantes do HSJosé.

O serviço que funciona 24h já realizou neste ano, 37 notificações de morte encefálica, destas, 24 entrevistas com familiares, 18 captações de órgãos foram autorizadas e seis pessoas recusaram a doação de órgãos de seus familiares. “Em qualquer lugar do Brasil existe uma lista de espera de pessoas que necessitam de transplante de alguma natureza, rim, fígado, pulmão, coração, córneas; mas a demanda é sempre maior que a oferta, então é uma lista que dificilmente é zerada. A doação de órgãos permite que se possa ajudar essas pessoas, melhorar a qualidade de vida delas, como um gesto de doação, um gesto de amor ao próximo”, destaca Dal Pizzol.

Em Santa Catarina existe atualmente 1224 pessoas na fila de espera por um órgão. Em 2021 em todo Estado foram realizadas 71 notificações de possíveis doadores, destas, 49 doações foram efetivadas, e somente no Sul 26.

Quem pode ser um doador e o que pode ser doador de órgãos:

Todas as pessoas podem ser doadores de órgãos. O importante é sempre deixar a família avisada sobre a intenção de se tornar um doado. A compatibilidade de cada pessoa será avaliada por médicos e exames complementares. O ser humano pode doar rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado, intestino, córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias. A avaliação sobre a doação dos órgãos será sempre antes de realizar a captação de órgãos.

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