A crise é um desequilíbrio que ocorre nas narrativas políticas, ele acaba por desencadear efeitos negativos e que irão refletir sobre a imagem do candidato.
Ela afeta a todos, é como um tsunami que leva o que estiver pela frente.
O que pode ser uma crise de imagem? Um vídeo ou áudio descontextualizado, fotos que revelem laços que não deveriam existir, atitudes vistas em público e que não são exemplos a serem seguidos, enfim, há vários elementos que podem desencadear uma crise.
O que se pode afirmar é que o alvo das notícias terá sua biografia revirada e exposta. A questão aqui é: ela é forte o suficiente para resistir?
Todas as crises são exclusivas, elas podem ter características comuns com outras já vistas, mas os fatos são sempre particulares.
Os ataques são capazes de fomentar a opinião pública. Administrar, já no início, evita que os rumores ganhem corpo e o estrago seja incontornável.
O político que fortalece sua reputação, que cria uma conexão pessoal com seu público, este terá maior possibilidade de reverter opiniões negativas.
Ao vir à público e posicionar-se em meio à crise, os fatos deixarão de ter uma única versão e passarão a dividir opiniões. A comunicação precisa ser eficiente, uma comunicação ruim torna os efeitos ainda mais instáveis.
Para isto, a prudência é uma boa conselheira.
As redes sociais possibilitam ao cidadão expressar-se diretamente e demonstrar sua indignação, ou apoio. Quando há este movimento nas redes sociais o interessante é trazer uma resposta. Não uma resposta genérica, como muitas que vemos por aí, mas um esclarecimento direcionado e que transmita veracidade.
É fundamental ter em mente a seguinte questão: qual é o peso do elogio hoje em dia? E da crítica?
Uma análise de repercussão ante a opinião pública é fundamental para calcular os estragos e redirecionar a rota.
A reputação, para o político, é como um crédito imaginário, um capital que foi poupado e que pode ser sua salvação. Vale a pena investir.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em etiqueta e pós-graduanda em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.