O Grupo de Apoio e Prevenção à Aids de Criciúma (Gapac), uma organização não- governamental sem fins lucrativos, completa nesta segunda-feira, 27 anos. O grupo trabalha efetivamente na prevenção de DST/ HIV/ Aids; apoiando e realizando ações que promovam a vida e a igualdade de direitos, excluindo preconceitos e discriminação.
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“Enquanto o restante da população não tinha preocupação com mortes e desemprego, o Gapac já tinha esta experiência há 27 anos, quando a Aids virou endêmica e a morte rondava seus usuários tendo o desemprego como rotina na vida destas pessoas. Até hoje, o Gapac trabalha diuturnamente com pessoas sem teto, discriminadas, violentadas, em fragilidade alimentar e tantas outras mazelas que passavam desapercebidas no cotidiano de uma parte significativa da população”, destaca a assistente social do Gapac, Anne Schmitz, comenta que.
“Minha vida foi transformada”
O Gapac promove grupos de convivência, de apoio e de mulheres, visitas domiciliares e hospitalares, distribui auxílio alimentação para usuários em vulnerabilidade social e realiza palestras preventivas e informativas.
No período em que eu estava reclusa no Presídio Santa Augusta, *Margarete, conta que o serviço prestado pelo Gapac fez diferença em sua vida. “Recebia muito apoio psicológico, alimentação e depois que sai de lá, participei por um longo período das atividades do grupo. Consegui um emprego e a partir disso, recomecei a minha vida. Quando se tem o diagnóstico de HIV, a gente fica sem muita esperança e sem saber como será o futuro. Mas fui instruída pelo Gapac e meu psicológico até hoje é muito bom, pois tive muitos esclarecimentos. Minha foi vida transformada”, diz ela emocionada.
* O nome é fictício para preservar a identidade da personagem
Conforme Anne, o Gapac foi a primeira ONG de Santa Catarina a:
– Fornecer assessoria jurídica as pessoas vivendo com HIV e obter judicialmente o AZT, para uma PVH em SC;
– Promover grupos de adesão a medicação antirretroviral;
– Realizar atendimentos a pessoas vivendo com HIV, em cárcere, na Unidade Prisional de Criciúma, e atendimento à população prisional, realizando agendamento médicos na rede pública e privada de 1997 até março de 2007, enquanto não havia assistente social no presídio;
– A distribuir leite NAM para todas as crianças recém-nascidas, filha de mães/VHA, por aproximadamente cinco anos, até que a distribuição desse suplemento foi incorporada pela administração pública;
– A propiciar aulas de Inglês e yoga gratuitas para todos os usuários;
– Ter acesso a todas casas de prostituição de Criciúma e oportunizar atendimentos sociais as profissionais do sexo, e abrindo as portas para que o programa municipal de HIV e Aids de Criciúma pudesse oferecer e realizar exames e testes nesses locais.
Cesta básica, leite, material de higiene e limpeza
Hoje são 25 famílias atendidas sendo a necessidade no momento é de cestas básicas, leite, material de higiene e limpeza. “Neste um ano de pandemia, nossa porta sempre permaneceu aberta, distribuímos mais de 300 cestas básicas, máscaras de proteção facial, orientamos no uso das máscaras, reforçamos os cuidados para evitar o contágio com a doença, conseguimos consultas médicas gratuitas, conseguimos assessoria jurídica, atendimento social entre outras ações fundamentais para nossos usuários”, destaca Anne.
Profissionais que colaboram com o Gapac
Fazem parte da equipe uma assistente social e uma pedagoga/educadora social que prestam serviços de segunda à quinta-feira, e como voluntários, duas assistentes sociais, um advogado, um assessor jurídico (bacharel em direito), uma professora de letras e pedagoga, uma enfermeira.
Mais informações sobre o Gapac pelo telefone (048) 9 9961 5081. Depósito bancário:
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 1662
Operação: 13
Conta: 49130-0