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Frente Parlamentar busca ampliar distribuição de Gás Natural Liquefeito em SC

A Frente Parlamentar do Gás Natural da Assembleia Legislativa (Alesc) iniciou ações para ampliar a disponibilização de gás natural liquefeito (GNL) em Santa Catarina. A ideia é ter, além do ramal litorâneo que há 25 anos traz o produto da Bolívia para o estado, a distribuição feita por navios em um dos portos catarinenses.

Presidente da Frente Parlamentar, o deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB) destaca que o gás natural é uma importante matriz energética que chegou a Santa Catarina há 25 anos por meio da Gaspetro, subsidiária da Petrobras, em parceria com a SC Gás. “A partir daquele momento houve um desenvolvimento muito grande das indústrias, principalmente as instaladas às margens da dutovia, que passaram a ter produção com qualidade”, comenta.

“Só que isso ficou em um monopólio por 25 anos. Agora o presidente Bolsonaro, junto com o [ministro da Economia] Paulo Guedes, entendeu que é preciso abrir concorrência, abrir o mercado, e quebrar o monopólio da Petrobras, que opera por meio de um convênio com a Bolívia todo o fornecimento de gás no país”, relata. De acordo com o parlamentar, para receber o gás que entra no Brasil em Mato Grosso do Sul, Santa Catarina paga R$ 200 milhões por ano em impostos ao estado do Centro-Oeste.

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Entre os objetivos da Frente Parlamentar do Gás Natural, além de fazer a discussão do custo – 85% definido pelo governo federal e 15% pela SC Gás –, está a busca por alternativas que deem mais agilidade à distribuição do combustível em Santa Catarina. Para se ampliar o duto, diz Vampiro, além do tempo para a realização das obras, o custo é muito alto, gerando entre R$ 1 milhão e R$ 1, 5 milhão por quilômetro.

“A empresa Sobrax, da Noruega, que opera no mundo todo, compra o gás, coloca em um navio ainda na forma de GNL e transporta para os países”, explica. Em território catarinense, segundo o deputado, portos como os de Imbituba ou Itajaí teriam outro navio esperando o transbordo. A partir daí o combustível seria levado a uma gaseificadora, de onde o GNL passaria para caminhões. Estes fariam o transporte até as empresas e postos de abastecimento nos municípios. “Poderemos proliferar o gás natural até locais onde ainda não há a distribuição, fomentando o aumento desse mercado, gerando mais economia e desenvolvimento”, acredita Vampiro.

Para o presidente da frente parlamentar, o governo estadual precisa estar atento a esse novo mercado mundial. “As duas principais empresas catarinenses que mais utilizam gás natural representam quase 25% de todo o consumo no Estado. Precisamos fazer com que essas empresas, e outras, concorram no país e no mercado internacional com melhor competitividade. Precisamos baixar o custo. E se diminuir R$ 0,1 centavo do preço, a economia já será de R$ 90 milhões por ano para os consumidores. A maior consumidora em Santa Catarina pouparia R$ 9 milhões por ano, o que possibilita melhora de competitividade, geração de mais empregos e renda”, conclui.

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