Bancada do MDB dirá a Celso Maldaner, a Antídio Lunelli e a Dário Berger que escolha não faz sentido e que quer a filiação de Moisés na sigla
Nas próximas horas, a bancada estadual do MDB pretende reunir os três pré-candidatos às prévias do partido e dizer que a escolha não tem como acontecer e que a decisão sobre o futuro do projeto para 2022 passa pela filiação do governador Carlos Moisés e pela campanha à reeleição.
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Algo que pode ser traduzido no registro da visita do secretário Eron Giordani (Casa Civil) ao gabinete do presidente Moacir Sopelsa, depois da posse do prefeito Jorge Luiz Koch, de Orleans (quarto da direita para a esquerda), na Fecam, na terça (8).
Os deputados não falam somente pelas nove cadeiras conquistadas na atual legislatura, mas por 94 dos 96 prefeitos – apenas Rafael Caleffi, de São Lourenço do Oeste e Antídio são favoráveis à consulta – e 30 vices, que se insurgiram contra a maneira “antidemocrática e autocrática” com que Celso reativou a escolha marcada para o dia 19 próximo.
Na visão geral, Moisés é o trilho mais seguro para o partido retornar ao poder, depois de ter administrado o Estado por 16 anos, com parcerias que tinham o DEM (depois PSD) e PSDB.
O ex-presidente da Assembleia, deputado Mauro De Nadal, um dos articuladores pela saída menos radical, avalia que, na construção do projeto para este ano, a decisão deve ser “inteligente e não apaixonada”, já que Dário não arredou o pé, embora especule-se a ida ao PSB, Antídio não conseguirá seguir com uma campanha viável e Celso está isolado dentro do partido.
O momento é tão delicado que nada está afastado, inclusive a destituição de Celso Maldaner da presidência, mesmo que os deputados neguem ou não queiram tocar no assunto.
Mais visitas
O quadro ficou mais interessante depois que o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) e o prefeito Clésio Salvaro (PSDB), de Cricíúma, visitaram Sopelsa na manhã de terça (8), antes da leitura anual de Moisés no plenário.
Motivos ambos têm, pois Colombo nomeou Sopelsa secretário da Agricultura e Pesca, e Salvaro foi colega de legislatura do emedebista, que cumpre o sexto mandato.
A questão é que, pelos partidos, a aproximação poderia representar o sonho acalentado por muitos, dentro e fora do governo, de recriação da tríplice aliança, que tem simpatizantes nas três siglas.