A família de Júlia Volp ainda busca saber o que de fato aconteceu. A transexual de 20 anos foi encontrada sem vida, em um terreno baldio, no bairro dos Ingleses, em Florianópolis. Sua mãe, Janaina Rita da Silva, diz estar inconformada, pois segundo ela, faz dois meses da morte e a polícia ainda não tem uma resposta.
“Minha irmã ligou para a delegacia, disseram que nas câmeras instaladas na rua onde Júlia foi vista antes de ser morta não mostraram nada. O caso da minha filha não vai ficar assim e quem fez isso terá que pagar”, fala Janaina indignada.
Recorde o caso
Júlia saiu de Criciúma com uma amiga, na quarta-feira, 29 de novembro do ano passado, com destino a Florianópolis. Segundo a mãe, a jovem pegou o ônibus, às 16 horas e sua última visualização no whatsapp foi às 23h51 do mesmo dia. “Na quinta-feira fiz contato, ela não respondeu. Comecei a me preocupar. Procurei o Bruno (namorado de Júlia) e por meio das redes sociais ele conseguiu contato da amiga com quem ela havia viajado que nos confirmou o sumiço. Dias depois veio à notícia de que Júlia estava morta”, conta Janaina.
Júlia foi encontrada em um terreno baldio, no bairro dos Ingleses, mesmo local onde foi vista pela última vez. A mãe diz não entender como ela sumiu por cinco dias, sem que ninguém tenha sentido a sua falta. Ainda segundo a mãe, ao reconhecer o corpo no Instituto Médico Legal (IML) de Florianópolis constatou marcas de agressões físicas. “Minha filha teve uma morte muito violenta”, lamenta.
No velório, o sentimento era de revolta. Devido ao avançado estado de decomposição, o sepultamento de Júlia que estava marcado para as 9 horas, aconteceu às 8h30, no Cemitério de Morro da Fumaça. “O grito de socorro foi muito forte, não podemos deixar isso passar em branco, afinal tirar uma vida é muito triste”, lamentou no dia Vânio Tomé, amigo de Júlia.
Em homenagem, Vânio produziu um vídeo onde mostra fotos e fala um pouco sobre a felicidade de Júlia que estava investindo em sua carreira de modelo.