Notícias de Criciúma e Região

Extremo Sul do Estado é polo de produção sustentável de fruta que protege contra o câncer

Uma cadeia produtiva construída em menos de uma década foi capaz de fornecer 600 toneladas de alimentos e movimentar cerca de R$1,8 milhão na safra 2019/20. É no cultivo sustentável orientado pelo Governo do Estado por meio da Epagri e na força das cooperativas que a produção de pitaia do Extremo Sul de Santa Catarina se nutre e firma as raízes.

Em 2020, foram 200 hectares cultivados por pelo menos 200 famílias, que respondem por 90% da produção catarinense. Em 2021, a colheita foi estimada em mil toneladas, representando um crescimento de 60% comparado à safra anterior. Esse volume consolida Santa Catarina como um dos principais polos produtores de pitaia do Brasil.

As primeiras mudas foram plantadas há cerca de dez anos, como alternativa ao fumo, e logo conquistaram os produtores. A pitaia se mostrou uma fonte de renda sustentável, de manejo rústico, com excelente produtividade em pequenas áreas e alto valor de mercado. A Epagri entrou em cena em 2017, com orientação técnica para o cultivo, capacitações, organização das famílias e pesquisas na área.

Hoje, quase todos os produtores da região aplicam as tecnologias orientadas pela Empresa, derivadas do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH), como uso de plantas de cobertura, adubação orgânica e manejo conservacionista do solo. Espécies como amendoim forrageiro, aveia, azevém e ervilhaca são as plantas de cobertura mais usadas, oferecendo uma série de benefícios para o cultivo.

A produção orgânica está em expansão, estimulada pela adaptação da cultura a esse sistema. Organizadas em cooperativas, as famílias ganham mercado. A Cooperja, de Jacinto Machado, e a Coopervalesul, de Turvo, reúnem mais de 100 produtores de 11 municípios que vendem pitaia para todo o Brasil e já se preparam para exportar.

Entre em nosso grupo e receba as notícias no seu celular. Clique aqui.

Uma das sócias da Coopervalesul é a família Rocha, de Maracajá, que fez uma mudança radical ao trocar o cultivo de fumo pela fruta rica em antioxidantes. “O fumo dava muita mão de obra e muito gasto, enquanto a pitaia dá um bom rendimento e é mais fácil de manejar”, conta o agricultor Claudenir.

A pitaia trouxe uma rotina mais leve e saudável. A família cultiva 0,5 hectare em sistema orgânico e, em 2019/20, colheu 10 toneladas. “Uso amendoim forrageiro como planta de cobertura. Ele protege o solo; assim, a terra não perde tanta água e não esquenta demais,
dando conforto para as plantas. Também usamos adubação orgânica e calcário de concha”, diz Claudenir, que recebe assistência técnica da Epagri e já está de olho no futuro: “Plantei mais 0,5 hectare para começar a colher daqui a dois anos”.

EM 2020

• Mais de 200 famílias produziram 600t de pitaia.

• O cultivo da fruta movimentou R$1,8 milhão em Santa Catarina.

• A Epagri atendeu 12.335 famílias em fruticultura.

Os benefícios da pitaia 

A pitaya chama logo a atenção de quem vai a alguma feira de hortifruti, por conta da sua cor e de seu formato diferenciado. Porém, além da beleza, a fruta possui diversos benefícios para a saúde, como ajudar a emagrecer, por ser uma fruta pobre em calorias e rica em fibras, além de proteger contra o câncer.

A fruta protege as células do organismo, pois é rica em antioxidantes que protegem contra o câncer; ajudar na digestão devido à presença de sementes na polpa; combater doenças cardiovasculares, pois as sementes contêm ácidos graxos essenciais como os ômega 3; regular o intestino, pois tem oligossacarídeos, que são fibras que combatem a prisão de ventre; regular a pressão arterial, por ser uma fruta bastante rica em água que estimula a produção de urina, reduzindo o acúmulo de líquidos no organismo; combater a anemia e osteoporose por conter vitaminas e minerais importantes como ferro, fósforo, vitaminas B, C e E.

 

 

Você também pode gostar