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EXCLUSIVO: “Minha cliente é inocente e vamos provar isso”, diz advogada de funcionária suspeita de esquema de desvio de carnes

A advogada Priscilla Serafin Proença, que defende a nutricionista acusada pela Polícia Civil de estar envolvida no esquema de desvio de carne da merenda escolar da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc), em entrevista ao Portal Litoral Sul, afirma que sua cliente é inocente e que irá apresentar provas que compravam isso.

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Portal Litoral Sul – Quais os procedimentos agora?
Priscilla Serafin Proença (advogada) – A prisão realizada pela autoridade policial foi ilegal, uma vez que a minha cliente não estava em flagrante, por isso ela foi colocada em liberdade, no que tecnicamente se chama de “relaxamento da prisão”. Agora, há uma investigação em andamento, mas que está em um estágio muito inicial e ao longo dela poderemos esclarecer o que ocorreu… Que de maneira nenhuma foi conduta ilícita da minha cliente em prejuízo da Afasc.

Portal – E sobre a acusação de participação dela no esquema de desvio, o que alega?
Advogada – Ainda não existe uma acusação contra a minha cliente, apenas uma suposição de envolvimento, que não procede, ela é inocente e conseguiremos esclarecer isso no decorrer da investigação ou mesmo da instrução processual.

Portal – Então ela não desviou?
Advogada – Não!

Portal – E como o nome dela foi envolvido?
Advogada – O nome dela foi envolvido porque ela é nutricionista da Afasc e lida cotidianamente com o remanejamento de generis alimentícios entre a cooperativa entre as creches, por falta de estrutura destas para armazená-los. Disso há mais detalhes que serão apresentados para as autoridades competentes. Na investigação, nós arrolaremos todas as testemunhas e apresentaremos tudo o que estiver a nossa disposição para esclarecer qualquer dúvida. A minha cliente não praticou nenhum ilícito penal, a Afasc não tem nenhum prejuízo oriundo de condutas da Renata, pelo contrário.

Portal – Pelo contrário?
Advogada – A Afasc sempre teve lucro com os serviços prestados pela minha cliente, ela sempre trabalhou muito além da jornada dela. O Conselho Regional de Nutricionistas (CRN) já havia visitado a Afasc e verificado que para a demanda, seriam necessárias mais três nutricionistas e ela fazia o trabalho todo sozinha.

Portal – Mais alguma consideração?
Advogada – Lamento que uma mera suspeita tenha tomado as atuais proporções de linchamento público da minha cliente, que está sendo tida como culpada, quando a investigação está apenas no início. Além disso, gostaria de lembrar que a origem do processo penal foi a de retirar a violência e a vingança do conflito… Mas que as pessoas vivem atualmente em uma caça às bruxas, prontas para acusar e condenar a primeira pessoa que aparece em uma situação vulnerável, esquecendo que é do Estado Democrático de Direito a presunção de inocência de todo ser humano, até sentença penal condenatória irrecorrível.

Relembre do caso:

Funcionária da Afasc é presa por roubo de carne da merenda escolar

 

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