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EXCLUSIVO: Dono de restaurante se defende da acusação de desvio de carne da Afasc

O empresário Alexsander Santos, 43 anos, proprietário do Restaurante Universitário, que funciona no Campus da Unesc de Criciúma e Iparque, concedeu entrevista exclusiva ao Portal Litoral Sul, na manhã deste domingo, 27. Acusado de estar envolvido no esquema de desvio de carne da merenda escolar da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc), ele afirma que é inocente. Acompanhe:

Portal Litoral Sul – Como a carne foi parar em seu restaurante?

Alexsander dos Santos – A mulher (taxista) foi até o restaurante e me ofereceu três caixas de carne. Ela se identificou como vendedora de um frigorífico. As carnes estavam embaladas, com a data de validade em dia, era um pouco mais barato que no supermercado (o valor não era tão mais baixo para que abrisse suspeita de ser roubada), achei apenas que seria uma compra sem nota fiscal. Inclusive perguntei se tinha a nota fiscal, ela disse que sim, e que me levaria na outra semana. Isso faz uns 22 dias, início de outubro. Comprei na maior inocência, “Deus o livre”, sem pensar que iria prejudicar alguém. Quem não deve não teme. Eu não roubei nada. Eu paguei pelo produto. Era mais em conta, mas calculei pelo fato dela (vendedora) não pagar imposto. Mas depois ela disse que até nota fiscal tinha, mas não me trouxe.

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Portal – Você chegou a ficar preso?

Alexsander– Eu fiquei um dia preso, ontem (sábado) 16 horas, eu já estava em casa.

 

Portal- Logo que soube da acusação da nutricionista e da taxista sobre a venda irregular das carnes, por que não informou a polícia?

Alexsander –Eu mandei minha cozinheira tirar todas as carnes que tinha na geladeira e colocar em uma bacia, porque eu iria chamar a polícia, mas como já era mais de 18 horas, eu não consegui chamar. Eu sai e meu irmão fechou o restaurante e a carne ficou lá. No outro dia, elas estavam embaladas em uma bobina plástica, eu acredito que foram elas quem fizeram isto, até vou perguntar porque não conversamos ainda sobre o assunto. Sexta à tarde eu estava na delegacia e a noite não fui para o restaurante. Não sei o que houve, mas estava tudo certo para a polícia recolher.

 

Portal – E agora quais os encaminhamentos?

Alexsander– Contratei dois advogados que estão cuidando do caso. Vou me defender de uma coisa que eu não fiz. Ou melhor, eu fiz, mas não sabia que era uma carga desviada. Nunca tive envolvimento em nada disso. Tenho 25 anos trabalhando com produtos alimentícios não é por causa de poucos quilos de carne que eu iria me incomodar. Fiquei chateado com a universidade porque rompeu o contrato comigo e me acusado de uma coisa que ainda não foi julgada. E considero isso errado.

Relembre o caso:

Universidade fecha restaurantes que estavam usando carnes desviadas da merenda escolar da Afasc

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