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Exame traz segurança e efetividade para o diagnóstico e tratamento de tumores

A biópsia dirigida por imagem é um destes exames importantes feitos pelo Hospital São José

O apoio dos exames para o diagnóstico das doenças é fundamental para que o acompanhamento médico possa ser realizado de forma efetiva e para que o paciente tenha ainda mais segurança no tratamento que será realizado pelo profissional. A biópsia dirigida por imagem é um destes exames importantes.

 

 “A biopsia consiste na retirada de um pequeno fragmento de um órgão ou tecido orgânico (geralmente um tumor) que será analisado no laboratório de anatomia patológica, com o objetivo de esclarecer a causa de uma lesão ou mesmo o estágio de desenvolvimento de uma doença já conhecida. O tecido recolhido será examinado pelo médico patologista, através de microscopia óptica e/ou eletrônica, estudos bioquímicos e de marcadores tumorais, bem como estudo genético. Por meio do seu resultado, o médico especialista pode oferecer o melhor tratamento disponível com grande confiabilidade”, explica o responsável pelo Centro de Diagnóstico por Imagem do Hospital São José de Criciúma, o médico Marlon Marques da Rosa.

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 De acordo com o especialista, as biópsias dirigidas por imagem são extremamente seguras, pois permitem ao médico planejar e definir exatamente o local a ser abordado evitando estruturas nobres e sensíveis. “São procedimentos simples, porém exigem treinamento e experiência do médico radiologista no domínio total da técnica e conhecimento profundo do método de imagem a ser utilizado para chegar à lesão. O mais importante é que a imagem oferece um controle total do posicionamento exato da agulha no alvo bem como do seu trajeto até chegar neste, proporcionando tranquilidade e confiança ao paciente. É um método rápido, pouco invasivo e de baixo custo”, garante.

 Importância da biópsia no diagnóstico dos tumores

 Segundo o médico, estabelecer o tipo de tumor do paciente é fundamental para escolher o melhor tratamento, seja ele cirurgia, quimioterapia, imunoterapia, radioterapia ou a combinação destes. “Antigamente as biópsias eram realizadas de maneira cirúrgica com todos os riscos inerentes, anestesia geral, custos, internação, infraestrutura e profissionais necessárias numa cirurgia. Com a modernização dos métodos de diagnóstico em radiologia e o crescimento dos procedimentos guiados por imagem, especialmente as biópsias, tornou-se possível guiar agulhas especiais diretamente nas lesões e desta forma obter seus fragmentos. Uma vez definido o acesso, outras técnicas passaram a ganhar forma, abrindo o caminho para a possibilidade de fazer um diagnostico preciso, com mínimo desconforto ao paciente, e tratar lesões ou mesmo problemas decorrentes da própria evolução de uma doença”, esclarece.

 Praticamente qualquer órgão pode ser biopsiado através de um método de imagem, sendo os mais comuns a tireóide, mama, pulmão, fígado, rim, próstata, entre outros. De acordo com o médico, na realidade, qualquer lesão que seja vista em um exame de imagem pode ser abordada para biópsia desde que haja um trajeto seguro para agulha e indicação correta para o procedimento. “O radiologista intervencionista pode usar vários métodos de imagem para orientar, planejar e monitorar a colocação da agulha durante o procedimento de retirada do material, incluindo ultrassonografia, tomografia, e ressonância magnética, sendo que todos estes equipamentos estão disponíveis no Hospital São José, que constantemente atualiza seu parque tecnológico. Destaque para TC multislice 128 canais que permite rapidez e precisão, US habilitado para fusão com imagens de ressonância magnética e mamografia digital com mesa para estereotaxia e mamotomia. Basicamente as biópsias são divididas em dois tipos: punção aspirativa por agulha fina ou biópsia com agulha cortante”, explica o especialista. “A biópsia aspirativa é feita com uma seringa comum e agulha fina através da qual são aspiradas células da lesão. Punções aspirativas são tão simples que dispensam anestesia. Já a biópsia com agulha cortante permite a retirada de um fragmento do tecido, elas são realizadas com anestesia local que é muito bem tolerada, não é necessária sedação, o paciente fica acordado o tempo todo. Importante salientar que a imagem também permite dirigir a agulha da anestesia no trajeto e local do órgão a ser abordado, promovendo o efeito anestésico mais completo e com doses baixas”, complementa.

 Exame indicado para várias faixas etárias

 Qualquer pessoa pode ser submetida a biopsia, crianças e até idosos, desde que não apresentem restrições ao procedimento, que geralmente são poucas e na maioria das vezes corrigíveis, uma vez que se trata de um procedimento minimamente invasivo do ponto de vista cirúrgico. “Como exemplo de impedimentos temos pacientes com alergia a anestésicos, pacientes que apresentam distúrbios de coagulação, que usam anticoagulantes, limitações graves de posicionamento, obesidade mórbida, síndrome do pânico, ou eventuais constrangimentos psicológicos. Muitos pacientes chegam ansiosos e preocupados, pois se informam de maneira equivocada a respeito da biopsia, imaginando que o procedimento é complexo e perigoso, e ficam surpresos ao perceber que sofreram um stress desnecessário. Para reduzir ainda mais a preocupação do paciente explicamos que o procedimento esta sendo realizado dentro de um hospital que possui toda uma equipe de profissionais preparados para atender qualquer intercorrência de forma imediata e eficaz”, finaliza o médico.

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