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Estudantes de enfermagem desenvolvem atividades de saúde com gestantes de comunidade cigana

Uma aula especial no curso de enfermagem da Unesc uniu conhecimento, empatia, formação humana e solidariedade. Na última semana, após uma visita de reconhecimento e aproximação com moradores, estudantes da quinta fase iniciaram uma atividade na comunidade de ciganos localizada em Mato Alto, Araranguá, prestando serviços de saúde à mulheres em período de gestação e orientando sobre questões relacionadas à pandemia. Nesta segunda-feira, 20, a turma entregou itens como cobertores e fraldas, resultado de uma mobilização com a comunidade local. Berços também serão doados no dia de finalização na próxima sexta-feira, 24.

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Conforme a professora responsável pela atividade, Carine Cardoso, o momento foi motivado pela baixa frequência das gestantes em atendimentos de saúde, estimulada pela pandemia. Dentro da proposta, a atividade foi desenvolvida em diversos momentos, com visitas à comunidade, para diálogo e conhecimento do espaço onde as pacientes residem, e sensibilização pelo acompanhamento médico na unidade de saúde local, onde foram realizados os exames pré-natal e vacinação. “Fomos muito bem acolhidas. São pessoas maravilhosas. Participaram da atividade algumas gestantes de 15 a 17 anos, em primeira gestação, e outras mulheres já na segunda gravidez. Encontramos indivíduos que não sabem nem ler ou escrever, e com dificuldade de entender o mundo lá fora”, informou Carine.

Para a acadêmica Julia Berto o momento vivido com as colegas sempre será lembrado com muito carinho. “Poucas experiências se assemelham a esta. Realizar uma ação em saúde, em tempos de pandemia, e com uma cultura diferente da nossa pode ser bem desafiador. E de fato foi. Mas nenhum desafio é tão grande quando se tem força de vontade. No fim, ensinamos e também aprendemos”, evidenciou.

Além do caráter comunitário, a ação fomentou assuntos inseridos na formação do curso de Enfermagem, como educação em saúde e saúde coletiva, e abordou temas relacionados à pandemia, com orientações e distribuição de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), para as participantes, maridos e avós. “Teve conversa sobre a questão do coronavírus, atividades sobre higiene pessoal e entrega de máscaras protetoras, álcool em gel 70%, um guia técnico com informações, e materiais de uso para os bebês, como lenço umedecido”, completa Carine.

A ação foi denominada “Educação em saúde com gestantes ciganas em tempos de pandemia”, e contou também contou com os esforços das estudantes Mariana Tavares, Beatriz Flor e Izabela Boselli.

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