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Escoteiros transformam prisão em arte

Os moradores e visitantes de Treviso tiveram uma experiência fantástica nesta sexta-feira (05). Uma exposição organizada pelo Grupo Escoteiro Leão Baio com apoio do Instituto Alouatta e parceria do  Instituto do Meio Ambiente e Polícia Militar Ambiental (Ima), mostra a importância dos pássaros soltos e a transformação de sua “prisão” em arte.  Intitulada “Quem Ama Deixa Voar”, a ação revelou várias outras possibilidades de se fazer algo com gaiolas, que não só a de prisão.

Foram 90 dias desde a ideia até a exposição que não por acaso é o Dia Mundial das Aves. “O objetivo desta exposição é fazer educação ambiental e conscientização para o uso das gaiolas apenas como objetivo de decoração. Os passarinhos tem que estar soltos na natureza”, destaca   a diretora presidente do GE Leão Baio, Rosilene Koch.

Segundo ela, este é um projeto continuado que nasceu em 2015, dentro do Instituto Aloahta. “Já foram realizadas  várias ações e, agora, com o Grupo de Escoteiro, Leão Baio e a Polícia Ambiental a ideia de transformar as gaiolas, frutos de apreensão, em decoração. Ficamos surpreendidos e muito felizes com a criatividade dos escoteiros na transformação. Foram tantas artes, criatividades, ideias, que a exposição ficou super linda”, destaca.

Gaiolas artes

Para acompanhar o processo criativo foi convidada a artesã Larissa Maciel (Maria Lamparina) que orientou os trabalhos e deixou o grupo dar asas a imaginação. O resultado não poderia ter sido melhor: luminárias, estantes, porta objetos, pequenos jardins e hortas e uma certeza: nesta gaiola não entra mais passarinho!

As gaiolas doadas pela Polícia Militar Ambiental passaram por um processo bem criterioso: primeiramente são limpas, depois descaracterizadas e por último vão às mãos das crianças para receber tinta, laços, flores e adornos, transformando o que era uma prisão em um belíssimo objeto de decoração.

“Cada peça tem uma história triste e nas mãos das crianças e adolescentes ganha cor e a certeza que estamos contribuindo para um mundo melhor com a formação de cidadãos mais conscientes,” finaliza Koch.

Pássaros soltos

Quando uma ave silvestre é retirada de seu habitat, por meio da caça ilegal, um ciclo se quebra e problemas são gerados: filhotes que morrem nos seus ninhos, desequilíbrio da fauna, doenças levadas para dentro das casas e lá na ponta, estão as provas do crime: centenas de gaiolas, frutos de apreensão, que não podem ser simplesmente destruídas, às vezes aguardam por meses para terem um destino viável.

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