Notícias de Criciúma e Região

Escola Polo de Criciúma: promove a inclusão aos estudantes surdos 

Aulas mostram a importância da Língua Brasileira de Sinais

Promover um ambiente interativo entre estudantes surdos e ouvintes. Esta é a característica da Escola Polo de Surdos em Criciúma, que atua desde 2018, no prédio da Escola Municipal Professora Maria de Lourdes Carneiro, na Vila Francesa. Atualmente frequentam 26 alunos num total de, aproximadamente, 400 estudantes entre surdos e ouvintes.

Para o secretário de Educação, Miri Dagostim, esses projetos proporcionam uma quebra de barreiras linguísticas dentro de casa e na escola. “É um projeto que é essencial ser ensinado e praticado, porque na maioria das vezes os próprios pais não sabem se comunicar com seus filhos e nas escolas contribui para uma formação didática inclusiva e bilíngue entre surdos e ouvintes”, destaca.

Segundo a coordenadora de Educação Especial, Úrsula Silveira Borges, as aulas acontecem uma vez por semana, e conforme ela, esse momento focado no ensinamento da Língua Brasileira de Sinais foi solicitado pelos próprios estudantes ouvintes da escola. “O pedido foi feito para que eles consigam se comunicar melhor com seus colegas, por meio da língua de sinais. Através da realização dessas aulas, conseguimos perceber que todos  ganham com essa socialização e interação que há entre ouvintes e surdos. Principalmente, porque eles conseguem se comunicar, se sentir bem e sempre participar de todos os momentos que o meio pedagógico da escola busca oferecer para os seus estudantes. Então, é lindo estar indo no local e vendo essa interação entre todos acontecendo”, fala satisfeita.

Como acontecem as aulas

A gestora da escola, Daniela Rosso Miranda Santos, conta que as aulas foram iniciadas com a finalidade de garantir acessibilidade e comunicação básica aos familiares, profissionais da escola e com a comunidade. “As vagas são destinadas, primeiramente, aos familiares dos estudantes e aos profissionais da escola. Logo para comunidade em geral. No momento temos todas as vagas preenchidas com o público citado acima, sendo aulas bem dinâmicas e práticas de conversação em Libras”, explica.

Já durante o ensino regular na escola, todos os estudantes surdos são inseridos e matriculados junto com as outras crianças, sendo auxiliados por um professor bilíngue tanto nas aulas quanto nas atividades oferecidas no contraturno escolar. Os profissionais acompanham os alunos e realizam a adequação dos conteúdos, das matérias e das atividades para a Língua Brasileira de Sinais.

“É o professor bilíngue que faz a adaptação de tudo que o professor regente está ofertando. Essa parceria entre professor regente e bilíngue é muito importante para o desenvolvimento das crianças e estudantes surdos”, informa Úrsula. E completa. “Projetos como os que são praticados na Escola Polo permitem uma inclusão maior das pessoas surdas na sociedade. Com a inclusão, esses estudantes não se sentem mais sozinhos podendo se comunicar e se relacionar com os seus colegas em sua própria língua materna”, finaliza.

 

Você também pode gostar