Por meio de toques sutis realizados em locais específicos do corpo, que a fisioterapeuta, Grasiana Pereira Candido, identifica a causa primária de uma doença ou sintoma estimulando ao corpo um processo de autoreparação. Estamos falando da microfisioterapia, um estímulo oferecido ao corpo. “É uma abordagem diferente, pois busca-se no corpo memórias e registros que a pessoa trás durante a sua vida e que muitas vezes acaba desenvolvendo alguma doença. É como se cutucasse algumas feridas e proporcionasse ao corpo a possibilidade de cicatrizar da melhor forma. E a cura vem de cada um”, explica Grasiana.
Criada pelos fisioterapeutas e osteopatas franceses Daniel Grosjean e Patrici Benini em 1983, a técnica vem ganhando espaço em Criciúma e região. O interessante é que o trabalho não é realizado quando se trata somente de dor, mas sim voltado a problemas emocionais, síndrome do pânico, depressão, fibromialgia, insônia, alergias, enxaqueca, entre outras causas. “Envolve uma gama de patologias, porque a questão não é buscar o problema, mas sim o que gerou a disfunção, onde muitas vezes está relacionada a todo um histórico como uma frustração, perdas, sentimentos de abandono, traumas durante a gestação, intoxicações e outras causas. Esta memória é buscada desde o período gestacional”, revela.
Para a resolução de um sintoma específico, são necessárias em média de três a quatro sessões, que levem em torno de duas horas em períodos intercalados sendo que o intervalo entre as consultas vai variar de acordo com cada caso. “Após uma sessão, o paciente pode sentir um ligeiro cansaço durante um ou dois dias. Ele também pode ter diarreia e sonolência, pois são formas que o corpo possui de eliminar. Por isso é recomendado o repouso e uma boa alimentação”, destaca. “É um tipo de tratamento que vai além do cuidado com a fragilidade física e emocional, pois ajuda as pessoas a entenderem melhor porque o corpo ou a mente sofrem”, finaliza.