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Empresário que administra o Clube Atlético Tubarão é alvo de investigação

Dono da K2 Soccer S.A está sendo investigado por se apropriar do dinheiro de investidores

A crise financeira do Clube Atlético Tubarão continua. Nesta segunda-feira, dia 18, uma reportagem foi vinculada na Record TV sobre as dívidas do clube com jogadores e investidores. O dono da K2 Soccer S.A, empresa que administra o clube, está sendo investigado por se apropriar do dinheiro dos investidores.

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A K2 foi criada para atuar na compra e venda de jogadores de futebol e em negócios do mercado esportivo. A empresa é comandada por um coreano e anunciou a parceria com o clube de Tubarão em 2015, comprando 99% do time por R$ 100 mil com contrato de 20 anos, renováveis por mais 20. Com o contrato feito com o Peixe, a empresa passou a captar investidores e prometeram retornos expressivos com as valorizações dos jogadores.

Uma das modalidades de contrato adotadas foi a abertura de empresas com um dos sócios oculto. Nos cadastros da Receita Federal existem 28 registros de empresas nesse estilo, tendo o coreano como sócio. Elas foram abertas de 2014 a 2020 e possuem aproximadamente 50 milhões de capital, dinheiro que em tese foi investido na K2 Soccer. Apesar disso, o dinheiro nunca foi encontrado. A justiça chegou a pedir o bloqueio da conta da empresa, porém acharam um valor que não ultrapassava R$ 100.

Para a reportagem, a assessoria do proprietário da K2 afirmou que o saldo disponível estava baixo em razão do fluxo normal da movimentação financeira de um clube que está em processo de reestruturação.

A história veio à tona a partir de uma denúncia do atleta Wellington Aparecido Martins, mais conhecido como Wellington Risadinha. Atualmente o jogador está no Fluminense e foi um dos investidores ocultos da empresa. Wellington teria investido R$ 1,5 milhão. A promessa era um retorno de 108% em três anos. Quando o jogador tentou resgatar o dinheiro, ele simplesmente não conseguiu. Os advogados da vítima pediram investigação por estelionato e fraude. A suspeita era de golpe de pirâmide financeira no esquema ponzi, que é quando os recursos são entregues a uma pessoa e os lucros são pagos com a entrada de novos clientes, porém a vítima não precisa atrair novos investidores.

A assessoria do coreano informou que essa denúncia foi uma tentativa de coação em razão do andamento de um processo civil que já está em fase de acordo. A reportagem do Portal Litoral Sul entrou em contato com a assessoria do Clube Atlético Tubarão que informou que será publicada uma nota nas próximas horas.

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