Emoção na volta as aulas, após escola pegar fogo em Criciúma
A manhã desta quinta-feira, dia 9, foi de muita emoção no retorno as aulas da Escola Municipal Ludovico Coccolo após a parte antiga da escola ser atingida por um incêndio
Ao chegar na sala do ensino infantil, a diretora da Escola Municipal Ludovico Coccolo, Regiane Darós, foi surpreendida. Um menininho saiu de sua mesa, foi até ela e perguntou: “Porque nossa escola pegou fogo?”. Logo veio a memória desta quarta-feira, dia 8. A parte antiga da Unidade Escolar sendo tomada pelo fogo. De forma lúdica ela explica para o menino, mas a emoção é vísivel.
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“Eu sou moradora aqui do bairro. Eu e toda minha família estudamos aqui, naquela estrutura. Antes quando estudei ela atendia do ensino infantil até a 4ª série”, lembra ela. “Toda nossa família sentiu o dia de ontem. Foi muito difícil. Ainda não caiu a ficha”, completa.
Para tirar um pouco o clima de tristeza e tentar virar a página, nesta quinta-feira, dia 9, música e pipoca marcaram a chegada dos estudantes. O novo local seria uma ampliação da escola que atende 650 alunos do ensino infantil ao ensino fundamental.
“Fiquei muito triste quando fiquei sabendo. Estava em casa ainda. A escola estava ficando muito bonita. Acho bom voltar as aulas hoje, foi bem rápido”, fala a estudante do 7º ano, Maria Eduarda Souza de 12 anos. Ela estuda desde o ano passado na Ludovico Coccolo.
Com a ampliação, a escola iria contar com dois refeitórios – um para o infantil e outro para o fundamental, auditório, e cerca de 15 novas salas de aula. Porém, após o incêndio destruir a parte antiga do colégio, tudo mudou. “Transformamos o auditório em biblioteca e sala de reforço. A sala de artes que tem uma pia grande foi transformada em cozinha. Voltamos a ter, praticamente, a mesma estrutura que tínhamos antes”, explica a diretora.
Trabalho intenso para retorno rápido às aulas
O trabalho foi intenso dos trabalhadores das Secretarias de Educação e Infraestrutura para deixar tudo pronto para que as aulas pudessem ser retomadas nesta quinta-feira, dia 9. Um dia após o incêndio. Trabalho que, também, foi compartilhado pelos professores, direção, serventes e todos os funcionários da escola.
“O que deu para tirar nós tiramos. Mesinhas de salas que não foram danificadas, máquinas de xerox, entre outros. Na secretaria perdemos tudo praticamente, os documentos, computadores. Perdemos cerca de 23 computatores, impressora 3D, todos os kits de robótica onde tinha essa aula. Em uma das salas dois armários ficaram intactos com os trabalhinhos dos aluninhos dentro”, conta a diretora.
Segundo o secretário de Educação de Criciúma, Miri Dagostim, cerca de 70 trabalhadores aturam na escola durante toda a quarta-feira, dia 8, para possibilitar o retorno dos estudantes.
“Foco desse governo é o aluno, o aprendizado do aluno. Por isso estamos todos aqui. Toda equipe, para fazer uma grande recepção aos alunos. Para se ter uma ideia, recebemos visita de professores que mais de 40 anos atrás deram aula aqui. Entristecidos e chorando, muitos deles. Agora vendo essa realidade diferente aqui. Isso quer dizer que o governo está presente e precisamos fazer cada vez mais pela qualidade de ensino de nossos alunos”, destaca.
Com o ocorrido as atividades do contraturno dos estudantes não poderão ser realizadas. “São 12 projetos, vamos propiciar aos alunos a experiência em uma outra escola nossa para que possamos dar continuidade e igualdade a todos os alunos”, explica Miri.
Em busca do ‘vândalo’
A principal hipótese para que a escola tenho pego fogo é que o furto de fios tenha ocasionado um curto circuito que teria iniciado as chamas. Uma faca utililizada para cortar e furtar fios foi encontrada.
“Os alunos perderam um dia, mas a comunidade perdeu uma parte da sua história com essa escola. Eu acredito muito na força da Polícia Militar e da Polícia Civil e nós haveremos de encontrar esses marginais que destruíram nossa escola”, fala o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro.
Ao lado da primeira-dama, Adriana Salvaro, o prefeito cumprimentou os estudantes e acompanhou o retorno das aulas. “Estamos aqui para dar boas vindas aos alunos, que ontem foi uma dia muito triste para a cidade de Criciúma, de modo especial para a educação. Onde uma escola com mais de 60 anos foi totalmente destruída por um ato de vandalismo. As crianças ficaram muito tristes e é uma forma de dar boas vindas”, finaliza.
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