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Em Turvo, Diocese inicia o processo de beatificação de Frei Egídio Maria Moscini

Abertura oficial acontece no domingo, dia 07 de julho, no Centro de Eventos da cidade

A Diocese de Criciúma, atendendo ao pedido da Ordem dos Servos de Maria (OSM), realizará no dia 7 de julho, no Centro de Eventos da cidade de Turvo, a abertura da Causa de Beatificação de Frei Egídio Maria Moscini. A abertura do processo acontece quatro meses após o pedido para o início da fase diocesana que se concentra na investigação da vida, virtudes e sinais de santidade do candidato que passará a ser reconhecido como Servo de Deus.

A Sessão Pública de abertura da causa acontecerá às 15h, em seguida, será celebrada a Santa Missa, onde o Bispo da Diocese de Criciúma, Dom Jacinto Inacio Flach, instituirá formalmente a fase diocesana do processo. Na ocasião, serão apresentados os membros do tribunal constituído para o acompanhamento desta primeira etapa, as comissões que colaborarão para a reunião das provas documentais e testemunhais da vida de Frei Egídio e a nomeação oficial do postulador da causa, o italiano Frei Franco Maria Azzalli.

 

O italiano, Frei Franco, postulador da causa, com a imagem de Frei Egídio

 

Com a abertura da causa, os trabalhos se concentram agora na pesquisa da vida do Servo de Deus. Esse estudo tem o objetivo de comprovar as virtudes praticadas por Frei Egídio, ou seja, os exemplos de santidade demonstrados em seus 92 anos de vida. “O que mais me impressiona é que 48 anos após sua morte as pessoas ainda se recordam de Frei Egídio como sendo um homem trabalhador, religioso e humilde. É extraordinário perceber que na presença de Cristo esse nosso irmão se deixou transparecer na graça, escolhendo não viver apenas para si próprio, mas como um fiel intercessor”, enfatiza Frei Franco.

Graça x Milagre

Com a abertura da causa e o título de Servo de Deus, Frei Egídio passará a ter uma oração em sua referência, que deverá ser rezada por todos aqueles que desejam alcançar um milagre. Normalmente, é a partir da oração que a Igreja passa a considerar o surgimento de milagres – que devem ser comprovados cientificamente para serem aceitos e são diferentes do que popularmente se conhece como uma “graça”.

O material impresso com a oração, que será distribuído durante a celebração, contará ainda com uma relíquia de segundo grau, ou seja, um tecido que teve contato com o religioso. “Se alguém tem uma dor de garganta muito forte e ao pedir a intercessão de Frei Egídio a dor desaparece, essa pessoa alcançou uma graça. Já o milagre é algo extraordinário, onde aos olhos da medicina não seria possível a sua explicação, como a cura de uma doença”, explica o postulador da causa. Quando houver a comprovação de um milagre, o Servo de Deus será elevado ao título de Beato, podendo receber culto em sua região de origem. A comprovação de um segundo milagre é o passo seguinte que a Igreja exige para a confirmação de santidade.

Quem é o frei Egídio?

Egídio Maria Moscini nasceu em Valentano, na Itália, em fevereiro de 1884. Em 1905, aos 21 anos, ingressou na Ordem dos Servos de Maria. Ele chegou ao Brasil em 1921, após uma viagem de cerca de três meses até Rio Branco. Em seguida, foi enviado para a cidade do Rio de Janeiro, onde serviu a Comunidade Religiosa dos Servos de Maria. Em 1947, foi transferido para o município de Araranguá (SC). Em 1952, foi para o Seminário de Turvo (SC), onde ficou até seu falecimento em 25 de agosto de 1976, aos 92 anos de idade.

Patrono do Agricultor Familiar Brasileiro

Em novembro do ano passado, através da Lei 14.732, Frei Egídio Maria Moscini foi declarado o Patrono do Agricultor Familiar Brasileiro. A homenagem reconhece os serviços prestados pelo irmão religioso em prol dos pequenos agricultores. “De enxada na mão, esse nosso irmão foi um humilde trabalhador que recebia o auxílio das pessoas e toda a comunidade em troca de suas orações, ou seja, as pessoas já viam na sua figura a presença de Deus”, destaca Frei Franco, que permanecerá na região até o dia 10 de julho.

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