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Em sessão na Câmara, vereadores de Treviso questionam prefeito sobre gastos públicos

O prefeito de Treviso, Jaimir Comin (PP), esteve na sessão da última terça-feira, 7, da Câmara de Vereadores do município. O convite veio por meio de um requerimento de autoria dos vereadores Luciano Miotelli (MDB), Crisleide Cimolim (MDB), José Bonomi (MDB), Reginaldo Rizzati (MDB), e o presidente do Legislativo, Sidnei Viola (PP), para que explicasse sobre alguns assuntos referentes a administração municipal. O legislativo também ficou lotado de moradores da cidade interessados no assunto.

Na oportunidade, a vereadora Crisleide Cimolim (MDB) perguntou ao prefeito sobre projetos relacionados ao turismo, e qual o planejamento para realizar a manutenção de ruas e outros locais durante o verão. Sobre o assunto, Jaimir Comin solicitou que o Legislativo envie um requerimento com os questionamentos.

Contas públicas

O parlamentar José Bonomi (MDB) questionou sobre as contas públicas que estão com ressalvas no Tribunal de Contas devido ao limite de funcionários.  Segundo o vereador, a cidade arrecadou R$ 50 milhões em dois anos e meio, no entanto precisa de melhorias.

O prefeito admitiu que em breve o município poderá interromper o pagamento dos colaboradores concursados. “Se parar mais uma carbonífera no município não conseguiremos pagar os concursados. Não sei o que será lá na frente”, disse. E completou. “O alto percentual da folha de pagamento poderá prejudicar o município. “Fechamos o ano passado com quase 53%. Todos diziam que iriam reprovar as contas. Foi aprovado com ressalvas e ainda não veio para Câmara para apreciação das contas que o MPSC inclusive já notificou a prefeitura. Tive que demitir pessoal”.

O presidente do Legislativo, vereador Sidnei Viola (PP) também falou sobre o assunto. “Temos que nos preocupar com a instalação de novas empresas no município. Não podemos ter mais de 50% do dinheiro arrecadado em folha de pagamento, temos que rever. Me coloco à disposição para arrumar essa situação”.

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Dívida com a receita federal

A dívida de R$ 1 milhão que o município possui em impostos e tributos foi abordada pelo vereador Reginaldo Rizzati (MDB). No início de 2017, o vereador requereu dados sobre a situação financeira do município. Segundo o documento enviado ao Legislativo, a prefeitura não possuía dívidas no período.

O prefeito ainda respondeu que a dívida tem origem nos salários dos servidores públicos e está com dificuldade para fechar as contas. De acordo com Comin, no ano passado a prefeitura possuía 382 servidores, e este ano possui 318. O chefe do executivo lembrou do caso de um funcionário aprovado em dois concursos públicos, mas optou por Treviso devido aos benefícios do plano de carreira.

Cobrança na educação

O projeto de lei nº 013/19 que abre crédito especial de R$ 960 mil para adicionar a dotação orçamentária de algumas secretarias do município foi o assunto levantado pelo vereador Luciano Miotelli (MDB). O projeto foi retirado de pauta pelo presidente da Casa. “Estive visitando as escolas e trouxe algumas reivindicações. Com a aprovação desse projeto engessaríamos toda a estrutura e educação do município”, disse.

Segundo Comin, a projeto será analisado e reenviado à Casa. Para o presidente da Câmara, Sidnei Viola, o projeto pode prejudicar áreas importantes da cidade. “Podemos tirar dinheiro da saúde ou da educação. O prefeito admitiu que não tinha conhecimento sobre o projeto e que não estava por dentro da proposição. Antes de mandar um projeto para cá é preciso analisar muito bem”, criticou.

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