Em SC, consumo das famílias estimula geração de empregos em setembro
No mês, o estado registrou a abertura de 12 mil vagas formais de trabalho na economia, puxadas por indústria e serviços
Santa Catarina registrou a abertura de 12 mil vagas formais de trabalho na economia em setembro. O setor de serviços apresentou a maior contribuição, com 7,1 mil empregos, enquanto a indústria gerou 1,4 mil vagas. De acordo com análise do Observatório FIESC, a continuidade do processo de desinflação, com a queda nos preços de alimentos e o reajuste do salário mínimo real vêm sustentando o consumo das famílias e o ritmo de geração de empregos no estado.
Na indústria, esse cenário teve reflexo na fabricação de produtos químicos e plásticos, que registrou a maior expansão de vagas no mês. O aumento da demanda das famílias por produtos de higiene e beleza e artefatos em material plástico, por exemplo, além do fornecimento de embalagens para setor alimentício, estimulou a geração de 538 vagas no setor. Já a fabricação de alimentos ocupou a segunda posição em setembro, com 522 empregos, principalmente nas indústrias de produtos panificados, laticínios e pratos prontos. “Outro destaque na análise mensal foi a atividade de obras de montagem industrial, estimulada pela ampliação no parque fabril, que também impactou positivamente o setor de produtos de metal, em especial na fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada”, afirma o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Além disso, a retomada da produção no setor moveleiro gerou seu terceiro saldo positivo de vagas consecutivo no mês, com abertura de 135 vagas. As indústrias de têxtil, confecção, couro e calçados e metalmecânica e metalurgia, também registraram abertura de empregos no estado. Apesar desse crescimento em diversos setores, indústrias produtoras de bens de capital se mantiveram negativas, devido ao nível ainda elevado das taxas de juros na economia nacional. “A fabricação de máquinas e equipamentos voltou a apresentar fechamento de vagas em setembro. A produção de maquinário para uso industrial é uma das atividades mais prejudicadas pelas restrições ao crédito, o que se reflete na geração de vagas do setor”, afirma Marcelo de Albuquerque, economista do Observatório FIESC.