Ano eleitoral iniciando e, com ele, um agito perceptível nos bastidores da política. Afinal, há muito em jogo e são inúmeros os requisitos a serem observados, como: jurídico, financeiro, partidário, familiar, imagem e reputação, etc.
Um político precisa ter em mente que, para atingir seu público e conectar-se com ele, sua imagem deve estar alinhada à sua linguagem verbal e posicionamentos. Uma imagem desorganizada tem o poder de afetar a forma como é visto por seu eleitor, influenciando negativamente sua percepção.
Há políticos investidos de grande poder pessoal, que atraem usando uma linguagem própria e abrindo um canal de comunicação genuíno com seu público. Aqueles que o acompanham percebem, também através da vestimenta, traços reais de sua personalidade. Tendo em conta que, o que é fabricado não convence, é essencial transmitir veracidade.
Um código visual bem cimentado e coerente consegue estabelecer um diálogo à primeira vista.
É preciso se reconhecer para poder se comunicar.
Vestir-se vai além do ato mecânico de escolher a roupa diariamente, o código visual reflete uma relação profunda sobre a própria identidade. A conformidade entre a imagem que se quer projetar, a imagem percebida e a autoimagem deve ser precisa.
Segundo Rick Rubin, no livro “O ato criativo: uma forma de ser”:
“Somos máquinas de interpretar, e esse processo de rotular e isolar é eficiente, mas não exato”.
Atentar para o código visual, mas sem cair na malha geral, ou seja, preservar a identidade, as referências pessoais e a personalidade do político. A imagem pessoal sai fortalecida quando características genuínas são defendidas.
Apostar em uma linguagem visual que projete com precisão sua mensagem é uma estratégia acertada e, com convicção, a mais fácil de ser mantida.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em imagem pública, personal stylist, consultora de etiqueta e pós-graduada em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.