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Efeito capacho

Ao longo da nossa vida, escutamos inúmeras vezes que precisamos ser gentis, generosos, doar nossas coisas aos outros, que recursos como tempo, dinheiro, objetos e atenção – a não doação é “vendida” como a ideia de que o contrário pode nos tornar pessoas egoístas. Você já ouviu isso em algum momento? Fulano, compartilhe seu lanche, e o fulano fica com fome. Ciclano dá esse projeto para o beltrano porque você já teve sucesso em vários, deixa ele sentir isso também…exemplos do cotidiano que nos causam uma sensação e quase uma obrigação de colocar nossas próprias necessidades em segundo plano, será que por questões como estas temos tanta dificuldade de dizer não?

A essa situação podemos trazer um conceito do senso comum, que é sentir um capacho, aquele ou aquela que faz tudo para os outros, seja por necessidade de aprovação social, seja por baixa estima, seja por falta de consciência. O efeito capacho cresce à medida que você sente desconforto em fazer coisas que gostaria, estar presente em eventos sem sentido, emprestar ou doar recursos de forma forçada, isso traz uma sensação interna de abuso. E como minimizar esse impacto? Compreendendo que doar-se e ser generoso é sim, entregar algo em benefício de alguém, desde que ao fazer isso você sinta prazer e tenha consciência do significado de sua ação, o limite é tênue, saber identificá-lo é um diferencial. O limite está em respeitar suas próprias necessidades, porque caso você não faça, não estabelecerá limites com o mundo externo, e sim, você irá construir relações desequilibradas e injustas em seu trabalho, família e amizades. Experimente pequenos “nãos” no cotidiano, limites estabelecidos de forma educada e transparente, parar de pegar tudo para você.

Sem dúvida alguma, sermos gentis e generosos de forma genuína é saudável, inclusive, impacta em nossa felicidade, mas para que isso aconteça, você não precisa renunciar ao que você pensa e sente. Cada um está onde se coloca, se você se identifica com estas características o convite não é para que você se vitimize, mas sim, construa maior consciência sobre suas próprias escolhas, afinal somos os únicos responsáveis em mudá-las.

Pense nisso!

 

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