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EDITORIAL: Nas eleições em Criciúma sobram aos demais “dividir as migalhas”*

Por Sandro De Mattia

Acredito que o último candidato que apresentou em sua campanha um Plano de Governo foi o saudoso Luiz Henrique da Silveira. Estrategicamente em livro de bolso, pequeno e intitulado Plano 15. Um marketing eleitoral que lhe permitia entregar ao catarinense um documento onde apresentava a linha cerne do seu futuro governo.

De lá pra cá, Plano de Governo fica restrito ao uso em debates eleitorais ou em um canto qualquer do site da campanha. Pode perceber que você vai ver um ou outro candidato falar em uma réplica ou tréplica: “O nosso plano de governo prevê etc etc etc…” e só.

Digo isso pelo simples motivo: não se usa mais Plano de Governo. A personalização no nome de quem será o candidato passou a ser mais importante do que o comprometimento com o que se promete apresentar. Pelo menos eleitoralmente. Em Criciúma, de todas as convenções, nada novo. De todas as entrevistas que observei, nada novo. Claro, o processo é inicial. Uma proposta de governo se cria a partir do ponta pé inicial da campanha diriam os pré-candidatos. “Aqui ó cara-pálida” não vem com essa. Qual o cerne da sua proposta para Criciúma?

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Não vejo novidades. Aliás, politicamente falando, as convenções de todos os partidos que querem assumir a vaga de Clésio Salvaro, até agora, dividem forças. As pesquisas mostram um Salvaro surfando. Já temos definidos como pré-candidatos, Julia Zanatta (PL), Alisson Pires (PSL), Aníbal Dário (PMDB), Chico Balthazar (PT), Rodrigo Minotto (PDT) e Cosme Manique Barreto (Podemos). Considerando Clésio Salvaro (PSDB) já temos sete candidaturas.

Salvaro nunca disputou uma eleição com tamanha facilidade. Hábil político tem estimulado candidaturas a majoritária, no estilo quanto mais melhor e assim, deixa para os demais a migalha*, dividir o restinho de votos que sobra. Se o que está posto não tiver novidades, nada muda! Pelo menos na minha leitura antes da efetivação das eleições.

  • Leia-se migalhaaquilo que sobra, sem querer diminuir a importância de votos de cada candidato. Nos tempos de hoje, com redes sociais linear e hierarquicamente horizontal, importante deixar as sobre linhas explicadas.
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