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EDITORIAL: Em tempo de crise quem se destaca? Em Criciúma foi a união de Unesc, Acic e Prefeitura

Por Sandro De Mattia

Sempre ouço falar que em tempos de crise conhecemos quem são os líderes. Quem são os nossos líderes nestes momentos? Refletimos juntos e lhes questiono: quem você enxerga que empunha uma bandeira e diz “É por aqui a saída”? Falo isso, por que o momento que estamos vivendo me faz refletir por dois prismas. O primeiro de quem está fazendo a diferença. O segundo de quem era para fazer a diferença.

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É do setor público a bandeira de unificar, encontrar soluções, buscar alternativas, se reinventar para minimizar os problemas. É neste momento que Instituições de ensino, empresarial e públicas precisam dar caminhos, mais que isso, unificar forças.

Na cidade de Criciúma o dever de casa foi feito. O governo do município, as entidades de classe e a Unesc, base de conhecimento diversos uniram-se, conversaram e o resultado, até o momento, são os números controlados de infectados pelo coronavírus.

A Acic constituiu um programa chamado “Juntos de Coração” que uniu pessoas e instituições para prover a necessidade básica e de alimentação às famílias carentes, confecções de máscaras e equipamentos de proteção individual distribuídos as profissionais da saúde. Só de doações um fundo de R$ 126 mil, mostrando que o empresário mesmo em época de crise é solidário. Fez reuniões constantes para diagnosticar saídas para seus associados e a retomada das atividades.

A Prefeitura de Criciúma fez tudo o que era preciso para o enfrentamento. Investimentos, buscou soluções, contatos constantes com hospitais, especialistas, instituições diversas. Se preveniu e construiu obras com o foco na necessidade futura, caso os números aumentem.  Usou a união como base de força e conseguiu construir uma direção única, com os parceiros do lado, contribuindo com o todo e oferecendo soluções.

Mas é da Unesc o destaque neste quesito. A Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina empunhou a bandeira do fazer acontecer e apresentar caminhos. Não só com o olhar voltado para o acadêmico, mas também à comunidade. Se reinventou na forma de ensinar. Investiu em ferramentas para solucionar a comunicação entre professor e alunos (inclusive colocando computadores a disposição de quem não o tinha). Constituiu novos parâmetros, novas possibilidades, novos cursos. A Unesc utilizou a sua expertise em várias frentes e projetos em prol da comunidade.

Construiu aplicativo para pré-triagem e canais de comunicação que conversa diretamente com profissionais da área da saúda. O curso de Farmácia produziu álcool em gel para distribuir a comunidade. O de Design de Produtos fez protetores faciais para os profissionais da saúde.  Promoveu debates para encontrar caminhos para o desenvolvimento pós-pandemia e é solidária a necessidade do aluno com flexibilização de mensalidades, descontos, financiamento próprio da universidade para ajudar a custear o segundo semestre, até 50% e que só serão pagos após a formatura, com parcelamento e sem juros.

Por fim, volto a fazer a pergunta lá do início: quem você enxerga que empunha uma bandeira e diz “É por aqui a saída”? Precisamos reconhecer o trabalho das instituições, em especial essas as três acima.

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