Éder no Criciúma? Seria “baita presente”, segundo Tencati

Na manhã desta segunda-feira, dia 12, o técnico Cláudio Tencati e o auxiliar Aléssio Antunes concederam entrevista coletiva na sala de imprensa Clésio Búrigo, no Estádio Heriberto Hülse. Entre os mais diversos assuntos tratados, principalmente sobre a pré-temporada e a chegada de novos atletas, o nome do atacante Éder, de 36 anos, ex-São Paulo, foi tema de conversa.

Questionado se a contratação do atleta ítalo-brasileiro seria um presente, Tencati, que completou 49 anos na sexta-feira, dia 09, não se conteve. “Por que não, não é? Seria um baita presente. Se ele quiser voltar para o clube do coração, seja bem-vindo. Nós já conhecemos as características e perfil de jogador, mas seria muito mais pelo homem e pela personalidade. Percebemos que é um atleta extremamente profissional em tudo o que já ouvimos a respeito do Éder. Se der certo, ótimo”, disse.

Mesmo com a expectativa da possível chegada de Éder, o treinador carvoeiro pregou cautela. “Temos esperança, mas, ao mesmo tempo, não podemos nos prender a isso. Vai que, daqui a pouco, não dá certo, então teríamos de buscar alternativas para que fiquemos preparados. Situação parecida com a do Marquinhos. Ele era um grande nome, nos ajudou demais. Aí ele saiu e tivemos de nos reinventar”, comentou Tencati.

O atacante já negocia com o Criciúma há mais de um mês. Em novembro, durante suas férias, Éder recebeu o presidente do Tigre, Vilmar Guedes. Na reunião, ele ouviu uma proposta carvoeira e, de acordo com Guedes, o atleta indicou positivamente uma possível vinda, já que não seria por dinheiro, mas sim pela paixão e gratidão que ele tem com o Criciúma.

“Tivemos uma ótima conversa com o Eder, onde fizemos uma proposta a ele. ertamente seria um atacante que nos ajudaria nessa ascensão no futebol catarinense e nacional. Propusemos algo para o futuro dele e ele recebeu muito bem a ideia. O clube procura profissionais com esse perfil para criar um canal direto com equipes europeias e o Eder se encaixa perfeitamente na função de diretor comercial internacional”, afirmou Guedes.

Em entrevista ao jornal italiano Il Secolo XIX, publicada neste domingo, dia 11, Éder falou que teve propostas dos Emirados Árabes Unidos e da China. “Meu contrato com o São Paulo acabou. Fisicamente estou bem, não tive lesões no ano passado, mas é fundamental ter motivação máxima. Uma oferta que me tenta é a do clube onde comecei, o Criciúma. Eles estão na Série B, pretendem subir, têm um bom projeto. Eu tinha o sonho de terminar lá”, explicou o atacante ítalo-brasileiro.

De Lauro Müller para a Seleção Italiana

Éder Citadin Martins é natural de Lauro Müller, mas possui cidadania italiana por conta de seu bisavô. Giovanni Battista Righetto saiu da província de Vicenza, na Itália, e veio para o Brasil quando tinha 13 anos, em 1891. A carreira futebolística do atacante começou no Criciúma em 2005. Pelo clube, participou de 34 jogos e marcou dez gols. Após sua passagem pelo Tigre, ele foi vendido ao Empoli e emprestado ao Frosinone.

Na Itália, Éder passou ainda por Brescia, Cesena, Sampdoria e Internazionale de Milão. No time do norte italiano, o atacante chegou a valer 15 milhões de euros, segundo o site Transfermarkt. Além disso, enquanto estava na Sampdoria, o catarinense teve passagem pela Seleção Italiana, pela qual disputou 26 partidas e marcou seis gols, disputando, inclusive a Eurocopa de 2016.

Após a saída do futebol italiano, o atacante foi para a China atuar Jiangsu Suning. Em março de 2021, foi contratado pelo São Paulo. No time paulista, Éder participou de 75 partidas, balançando as redes onze vezes nesse período.

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