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E se Criciúma tivesse só carros elétricos?

Um dos meios de transporte mais utilizado no mundo e que possui alto índice de emissão de poluentes é o carro movido a combustível, principalmente, o de origem fóssil (petróleo). Nesse contexto, um aluno de Engenharia Elétrica da Faculdade Satc realizou pesquisa sobre os impactos econômicos e ambientais em Criciúma, com uma frota totalmente de veículos elétricos (VEs). Nos dados coletados, o estudo indica que a emissão de gases poluentes seria 90% menor com a troca dos carros do município.

Os carros à combustão liberam na atmosfera o CO2 (gás carbônico) que têm impactado diretamente no aquecimento global. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016 circulam no país mais de 93 milhões de veículos. Já em Criciúma o número é de 153 mil carros, dados de julho de 2018, do Departamento de Trânsito de Santa Catarina (Detran/SC).

O levantamento apurado pelo acadêmico partiu dos veículos movidos à gasolina como os automóveis, caminhonete, camioneta e utilitários, modelos possíveis para a conversão elétrica, totalizando 112 mil carros no município. “Para esta análise, realizei os estudos a partir do Inowattis, veículo elétrico da Satc, no qual apontou que os custos para a conversão dos modelos indicados se aproximam de R$22 mil. No contexto econômico de manutenção e ambiental os resultados são positivos”, destaca o acadêmico, Matheus Mazzuchello.

O orientador do projeto, professor André Tavares, explica que dentre as vantagens de um veículo convertido estão os custos. “O custo da conversão é menor quando comparado ao veículo elétrico zero quilômetro comprado aqui no Brasil. E no âmbito ambiental o resultado dos dois é praticamente o mesmo, então a conversão é uma forma interessante de se obter ambos os benefícios, econômico e ambiental”, enfatiza.

Em comparação econômica, os custos do carro elétrico da Satc são 70% menores que a versão original à combustão, ou seja, para andar 13 mil quilômetros um carro à gasolina gastaria aproximadamente 2,8 mil, o Inowattis, R$ 850.

Tratar de uma cidade totalmente com veículos elétricos é algo que impacta toda a economia local. Haveria demanda de empresas especializadas na manutenção desses carros e a instalação de pontos de recargas espalhados por Criciúma. “Algo que seria muito discutido com essa mudança seria a cobrança tarifária de energia elétrica. De modo geral, certas empresas iriam fechar as portas e novas iriam surgir, fazendo com que o profissional que estiver preparado para atuar nessa área seja valorizado”, expõe Mazzuchello.

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