“Doutores” palhaços invadem hospital de Jacinto Machado
Silêncio foi quebrado pelo violão, a cantoria e as gargalhadas
Nem mesmo o frio da noite ontem, 10, impediu que a equipe de doutores palhaços besteirologistas do ‘Doutores da Vida’ de voltar aos corredores e quartos do Hospital São Roque, de Jacinto Machado. Depois de mais de dois anos de afastamento, devido às imposições da pandemia, a noite foi para matar a saudade.
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O silêncio foi quebrado pelo violão, a cantoria e as gargalhadas. Em cada quarto, os doutores foram recebidos com muita alegria. “Espera aí, que vou fazer uma chamada de vídeo, quero que meus filhos vejam, que maravilha”, disse um dos pacientes, que mal conseguia parar de rir e estendeu a alegria “pros piás de casa”.
A Dra. Mih, sorrisogontologista, (Michele Pereira dos Santos), que esteve no hospital em sua primeira visita, também comemorou o resultado da noitada: “Foi uma visita muito boa. A gente vai com ideia de levar o amor e esperança, mas quem sai ministrada é a gente. Só tenho a agradecer por pode fazer parte desse projeto”.
Os palhaços também levaram um pouco de distração ao casal que estava à espera do nascimento do pequeno Samuel. “Não é o primeiro filho, mas a gente sempre fica ansioso”, disse o pai.
Por que palhaços no hospital?
Segundo especialistas em humanização hospitalar (Hospital Israelita Albert Einstein), quando o paciente deixa de ser “o do leito 111” e passa a ser o “seu João, há 85,4% de evidências clínicas de melhoras; 89,2% ficam mais colaborativas com os profissionais de saúde; 77,7% se alimentam melhor; 95,4% ficam mais ativas; 74,3% aceitam melhor os exames e procedimentos médicos; 96,3% ficam mais à vontade com o ambiente hospitalar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atesta que a fé influencia na saúde física, mental e biológica. Universidade de Duke, EUA comprovou praticar a fé diminui em 40% o risco de depressão durante o tratamento. O paciente que tem fé incorpora em si a certeza da recuperação, aumentando a imunidade e a resposta positiva ao tratamento.