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Doação de leite materno salva vida de recém-nascidos

Nos primeiros meses deste ano foram pasteurizados 148 litros de leite no HMISC

Estimular a doação de leite humano, promover interação e claro, homenagear as mães doadoras. Este foi o objetivo do encontro promovido nesta quinta-feira, 19, Dia Mundial do Leite Materno, pela equipe do Banco de Leite Humano, Dr. Dino Gorini do Hospital Materno-Infantil Santa Catarina (HMISC) de Criciúma. Na oportunidade foi oferecido um café para as doadoras. “É uma forma de agradecimento”, diz a técnica de enfermagem responsável pelo Banco de Leite Criciúma, Ana Carolina Francisca Colombo.

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Faz dez meses que Alessandra Valsechi de Freitas Amboni, 31 anos é doadora. “A partir do momento que meu filho foi para a escola, comecei a tirar o leite e pensei em doar. Sempre o tive o sonho de amamentar e nunca tive problema, pensei em trazer ao banco de leite em forma de gratidão a isso”, fala em tom agradecido.

Doadoras foram homenageadas – Fotos: Portal Litoral Sul

Logo depois do nascimento do filho, Michele Marques Nunes, de 32 anos, embarcou na jornada da doação. “Fiquei sabendo pelo jornal que no hospital estavam precisando de leite. E como eu produzo muito, me informei como se fazia para doar e comecei. Se temos de sobra é bom ajudar a quem precisa”, ressalta Michele.

“Sempre foi um sonho doar leite, assim que ganhei minha filha, entrei em contato com o hospital para iniciar a doação. E é excelente. Me sinto realizada por conseguir amamentar minha filha e mais ainda, pelo fato de estar ajudando outras crianças”, considera Tamires Gomes, 29 anos, doadora há três meses. Natacha Wachhulz Tom, 23 anos, conta que fez o cadastro no banco de leite 19 dias após ganhar o filho. “Tive alguns problemas de saúde durante minha gestação e sempre pedi que eu pudesse amamentar meu filho e ajudar outras mães. E consegui. Enquanto eu tiver leite vou continuar ajudando”, disse ela.

Estoque zerado

A estrutura do Banco de Leite de Criciúma completa três anos em agosto deste ano, atendendo os municípios da região carbonífera, hoje são 46 doadoras ativas, que realizam a coleta em suas casas. Somente nestes primeiros meses foram pasteurizados 148 litros, distribuídos para 104 crianças, mas conforme a técnica de enfermagem, o estoque está praticamente zerado devido a baixa produção. “A quantidade é pouca se comparada ao número de leitos que temos no hospital. O ideal seria mais de 90 mulheres doando continuamente”, destaca.

A enfermeira e coordenadora do Banco de Leite, Hariele Teixeira Barcelos, informa que neste momento se faz necessário uma boa produção, mas alerta que a higiene da mulher na hora da ordenha, também é muito importante para evitar a contaminação. “Existe um controle de qualidade rigoroso e o leite que não estiver dentro das especificações infelizmente será descartado”, lamenta.

Segundo dados do Banco de Leite Criciúma nos primeiros meses deste ano foram descartados mais de 28 litros. “Em abril foram recebidos 56 litros, destes dez precisaram ser descartados. Na verdade, além do número de doadoras,  precisamos também que elas produzam”, explica Hariele.

Saiba como ser doadora 

A doadora deve estar amamentando, estar saudável e ter excesso de produção de leite. O agendamento é feito pelo número (048) 9 9129-7470. Mais informações via rede social @bancodeleitecriciuma.

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