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Diálogos que transformam vidas

Eles têm uma das missões mais nobres como profissão: transformar vidas por meio da educação. Tarefa essa cada vez mais difícil de desempenhar com uma geração impulsionada pelo imediatismo e a velocidade da informação. Desafios à parte, o que os move é o conhecimento e o carinho pelos alunos. Neste 15 de outubro, Dia do Professor, conheça histórias de quem dedica a vida a ensinar.

 

Os desafios diários

Giovana Pagani Daleffe, a “pro Gi” como é carinhosamente chamada pelos alunos da Educação Infantil da Satc, atua na educação há sete anos na instituição. É formada em pedagogia, começou como auxiliar e hoje comanda uma turminha linda no Colégio Satc. “Sou apaixonada pela aprendizagem humana. É gratificante o olhar do aluno aprendendo algo novo”, comenta.

Na avaliação da professora, o desafio atual em sala de aula está ligado ao relacionamento e à individualidade. “Cada criança tem sua história e é preciso entender, acolher, observar e atribuir o contexto de grupo focado no respeito, na cidadania. Amo ser professora, não escolheria outra coisa”, destaca Giovana.

 

História a partir da realidade

A disciplina de História é a “praia” do professor Luciano Maciel. Há quase dez anos na Satc, ele acredita no papel do professor enquanto um mediador de diálogos. “Não pode ser só mais uma aula, é preciso transformar o mundo ao seu redor, ou seja, a educação precisa ser significativa”, enfatiza.

Luciano chegou a pensar em cursar Direito, como fizeram os irmãos, mas recuou e diz estar muito feliz com a escolha. “Eu queria lidar com pessoas, dialogar, conversar. Professor tem muito disso, de ajudar a formar pessoas mais tolerantes e que tenham o respeito como valor”, emenda.

Em relação aos desafios do processo de ensino e aprendizagem, o historiador citou o momento complicado do atual cenário político. “Vivemos tempos de fake news, de pós-verdade, nada muito novo, porque isso ocorreu em outros momentos históricos. Mas não tem como negar que a manipulação dos fatos que antes era exclusividade do Jornalismo está mexendo com outras áreas, incluindo a educação”, destacou.

 

Professora dos professores

O brilho no olhar é o mesmo da jovem repórter que trabalhava na sucursal do Diário Catarinense em Criciúma. A experiência de quem já tinha atuado em redações, coordenado equipes e atuado por oito anos como professora, não tirou o friozinho na barriga de Nadia Couto no primeiro dia de aula na Satc. Foi ela que recebeu a primeira turma do curso de Jornalismo, em 2007. “Foi uma responsabilidade porque ali estavam colegas que já atuavam no mercado e isso foi muito interessante”, relembra.

Nadia é a professora dos professores. Boa parte dos docentes que estão hoje no curso de Jornalismo da Satc foram seus alunos. “Me sinto realizada como professora. Dá muito orgulho chegar numa redação e ver ali os jovens repórteres que foram meus alunos. Gosto de saber que contribuí um pouco para isso”, comenta.

O ingresso na carreira de professora veio pela mão da amiga, também jornalista, Janete Trichês. “Ela disse que estavam precisando de uma professora para a área de redação na Unisul. Fui conversar com o coordenador Laudelino Santos Neto para entender o que era e saí contratada para das duas disciplinas. Na volta, no ônibus, fiquei pensando: ‘o que eu fiz?’”, ri. Sorte nossa que ela começou e nunca mais parou!

 

A arte de encantar

Ela é mãe do André e da Ana Paula, e mãezona de mais um monte de gente. Zenaide Paes Topanotti, ou melhor a Zê, já foi técnica em laboratório na Cecrisa, é bióloga, deu aulas nas redes municipal e estadual e não para quieta. Nos últimos 13 anos divide seu tempo entre as salas de aula da Satc e o Laboratório de Práticas de Ensino de Ciências da Unesc, onde atua há mais de 20 anos.

Seu desafio constante é encantar. “Tem que olhar, perceber, sentir o aluno. Olhar no olho, ser humano de coração e alma”, pondera ela. Aos 63 anos de idade, Zê tem a vitalidade de uma menina. Suas aulas em laboratório enchem os olhos dos pequenos estudantes curiosos para entender o funcionamento de um órgão ou como é um sapo por dentro. “O laboratório é a base, tem que estar aberto sempre”, afirma.

Nesses 21 anos de magistério, ela está sempre procurando se reinventar. O contato com os jovens, afirma, contribui para isso. Além dos três netos, claro. Isabela, Luca e Emanuel são a alegria da vovó. Mas foi no contato com os pequenos alunos da educação infantil da Satc que sentiu o desafio. “Não sou pedagoga e ali foi o primeiro contato com eles tão pequenos. Precisei aprender e as professoras me auxiliaram muito. Ali eu não sou a vó,

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