NotĆ­cias de CriciĆŗma e RegiĆ£o

Dia Mundial da ConscientizaĆ§Ć£o do Autismo: pintando o mundo de azul

Hoje, o dia comeƧou mais azul, isso porque no dia 2 de abril Ć© comemorado o Dia Mundial da ConscientizaĆ§Ć£o do Autismo. De acordo com uma pesquisa realizada pela OrganizaĆ§Ć£o Mundial da SaĆŗde (OMS) em 2017, o autismo afeta uma a cada 160 crianƧas. Por isso, a AssociaĆ§Ć£o de Amigos do Autista (AMA) de CriciĆŗma, que iniciou seus trabalhos de atendimento aos alunos no ano de 2004, colore o mundo de atualmente 96 crianƧas e adultos de oito municĆ­pios.

Segundo a psicĆ³loga da instituiĆ§Ć£o, Ledijane Sachet Ghisi, o autismo tem a prevalĆŖncia no sexo masculino, sendo que, para cada quatro casos de autismo, trĆŖs se referem ao sexo masculino e apenas um para o feminino. ā€œO diagnĆ³stico se baseia, principalmente, na histĆ³ria de vida do paciente relatada pelos familiares, educadores e profissionais que estejam atendendo a crianƧa. Paralelo a isso, utilizam-se a anamnese (exame psicolĆ³gico) e as observaĆ§Ć£o dos profissionais capacitados a realizar a avaliaĆ§Ć£o. AlĆ©m disso, alguns exames e testes tambĆ©m podem ser empregados a fim de comprovar ou de descartar o laudo de Transtorno do Espectro Autista (TEA)ā€, explica a psicĆ³loga.

Os principais sintomas que portadores do autismo apresentam sĆ£o: dificuldade de estabelecer e compreender as relaƧƵes sociais, dificuldades na comunicaĆ§Ć£o verbal, dificuldade em brincadeiras ā€œde faz de contaā€, respostas sensoriais anormais, crises e outros sintomas.

Sandremara Costa Ć© mĆ£e do Jhean Pierre de 12 anos, diagnosticado com autismo aos dois anos. Desde bebĆŖ, Jhean apresentava alguns comportamentos diferentes do que a sociedade taxa como ā€œnormalā€. O choro excessivo, a dificuldade de relacionamento, a sensibilidade ao som alto e alguns outros fatores foram o que motivou a professora da creche em que o pequeno frequentava a conversar com Sandremara e encaminhĆ”-la a um especialista e embarcar rumo a um universo desconhecido. ā€œFoi quando eu conheci a AMA que a minha vida mudou. Hoje o Jhean Ć© outro menino, dentro de suas limitaƧƵes, Ć© claro, mas em trĆŖs meses frequentando a instituiĆ§Ć£o eu jĆ” podia fazer coisas que antes nĆ£o fazia, como sair com ele no parque ou no mercadoā€, relata Sandremara.

A avaliaĆ§Ć£o Ć© individual, mas o tratamento, muitas vezes, ocorre em grupo, o que estimula a socializaĆ§Ć£o e engloba o acompanhamento comportamental, o pedagĆ³gico e a melhora da comunicaĆ§Ć£o. ā€œOs trabalhos em grupo promovem a tolerĆ¢ncia e o aprendizado de atividades da vida diĆ”riaā€, conta a orientadora pedagĆ³gica da AMA, Maria Margarete Bitencourt Machado.

A AMA atende alunos de trĆŖs a 38 anos, cada um com uma histĆ³ria de superaĆ§Ć£o e forƧa, assim como a do Jhean Pierre que frequenta hĆ” oito anos a instituiĆ§Ć£o, ā€œO que a AMA mudou na minha vida? Tudo! Foi por meio dela que eu pude entender meu filho, foi onde eu consegui socializar ele e mostrar para a sociedade o que Ć© o autismo. Hoje eu posso dizer que sou mĆ£e de verdadeā€, conta Sandremara.

VocĆŖ tambĆ©m pode gostar