Dia do Médico: profissionais da área reforçam a importância da profissão
Dr. Agenor Silvestre e Douglas Gobbo Pierini falam das experiências na instituição e da missão de ser profissional de saúde
São anos de dedicação à profissão que tem como grande objetivo curar e cuidar das pessoas. Neste dia 18 de outubro, data em que se celebra o Dia do Médico, é um momento para homenagear aqueles que fizeram da profissão uma missão para salvar vidas. Somente no Hospital São José de Criciúma, são 338 médicos que fazem parte do corpo clínico, além dos 49 profissionais cursando atualmente os cinco cursos de residência oferecidos pela instituição.
Ao longo dos quase 86 anos de HSJosé, inúmeros foram os profissionais que passaram pelo hospital e deixaram aqui um legado de dedicação, conhecimento e amor pela profissão. Um desses médicos, reconhecido pelo trabalho que realizou e ainda realiza, é o Dr. Agenor Silvestre. Dos 78 anos, segundo ele, bem vividos, boa parte foi atuando na unidade hospitalar de Criciúma.
“Eu sou natural de Tubarão, mas desde os seis meses passei a morar em Criciúma. Por isso, me considero, com muito orgulho, criciumense. Fiz o curso de Medicina em Porto Alegre, pela UFRGS e pós-graduação em Medicina Interna (por três anos) no Providence Hospital – Washington DC. Após esse período, fiz o curso de Cardiologia- Fellowship (por mais dois anos), no Good Samaritan Hospital/ Institute for Cardivascular Diseases, em Phoenix, nos EUA. Ao retornar ao Brasil, fui contratado pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre onde permaneci por nove anos, fazendo também um Doutorado em Cardiologia pela Faculdade de Medicina. Foi então que quis o destino que eu fosse convidado pelo HSJosé para coordenar os trabalhos da recém-inaugurada UTI, lá por abril de 1987”, explica Dr. Agenor.
De acordo com o médico, ao longo dos anos, foi possível construir uma instituição ainda mais fortalecida e preparada para atender as pessoas. “Graças ao apoio do excelente corpo clínico do hospital, conseguimos desenvolver um ótimo trabalho, beneficiando toda uma região e permitindo a chegada de novos colegas especialistas. Com isso conseguimos transformar o Hospital São José em um grande centro de referência em alta complexidade. Neste Hospital tive o privilégio de exercer a função de diretor clínico de 1991 até 1993 e de diretor técnico de 2003 a 2014”.
A escolha da medicina veio ainda durante o ensino médio e até hoje, segundo Dr. Agenor, foi uma escolha correta. “Quanto a decisão em perseguir a carreira de médico, me lembro que ela ocorreu lá no segundo ano do ginásio, quando tomei conhecimento da complexidade das células do reino animal e vegetal. Achei tudo aquilo um universo desconhecido e espetacular. Na época não se tinham os recursos de hoje, apenas microscopia óptica. Observávamos películas de vegetais (cebola), asas de insetos, etc. Mas aquilo já me fascinou. Voltando hoje à Medicina, não me vejo atuando em outra área. Estou plenamente realizado como médico”, garante o especialista.
Formação e crescimento profissional
O HSJosé também é um espaço reconhecido de formação profissional, seja pelas residências que oferece (anestesiologia, cirurgia geral, clínica médica, ortopedia/ traumatologia e medicina intensiva), ou pelos acadêmicos do curso de medicina que aqui realizam seus estágios. Na instituição eles tem à disposição as ferramentas necessárias para a formação e seguir com a missão de cuidar das pessoas. Um desses profissionais que iniciou a trajetória no HSJosé por meio da universidade, mas que permanece até hoje fazendo parte do corpo clínico da instituição, é o médico Douglas Gobbo Pierini.
Aos 31 anos, o médico é natural de Criciúma, se formou em 2017 pela Unesc e fez residência em clínica médica no HSJosé. Se formou no ano de 2020 e entrou na residência em terapia intensiva, também na instituição. “Fiz um ano e meio desse curso. Minha intenção não era ser necessariamente um intensivista, mas sim ampliar a minha visão da clínica médica, aprender mais sobre o paciente crítico. Escolhi a medicina porque fui muito influenciado pelo meio em que estava. Não tenho nenhum médico próximo a mim, mas sempre ouvi que era bom um médico na família. Não em forma de cobrança, mas sempre existiu comentários como esse”, explica Douglas. “E eu senti um desafio aí. Sabia que a profissão era difícil, a faculdade era puxada, mas que é uma profissão muito gratificante. Já tinha essa visão antes de entrar na faculdade e por isso acabei optando por fazer medicina”.
A oportunidade de atuar como clínico no HSJosé, veio após ele concluir a residência em clínica médica. “Quando me formei fui atuando nos plantões e concomitantemente, com a pandemia da Covid já ocorrendo, fui fazendo também os plantões na UTI. No meio da residência de medicina intensiva, fui convidado para fazer parte do corpo clínico de clínica médica do hospital. Hoje no HSJosé trabalho em três frentes: no plantão de hospitalista, onde sou coordenador do serviço de apoio hospitalista do HSJosé, faço parte também do corpo clínico de clínica médica e também faço plantões na UTI. Cheguei como médico residente, fui me adaptando, conseguindo mais espaço e hoje estou aqui atuando. Claro que existem as dificuldades de toda a profissão, mas aqui no HSJosé tenho um bom espaço para exercer a minha profissão e me sinto realizado”, aponta.
Presença médica é fundamental para o HSJosé
De acordo com a diretora do HSJosé, Irmã Isolene Lofi, a presença médica em uma instituição de saúde é fundamental. “Temos certeza de que os valores e respeito à vida, o tratamento humanizado nas relações interpessoais e acolhida destes profissionais fazem a diferença na vida de muitos dentro da Instituição”, explica Irmã Isolene.
Ela reforça o trabalho da instituição em acolher os novos profissionais e também aqueles que já tem uma história consolidada na medicina. “Para os médicos novos poder fazer parte desta instituição com uma complexidade tão grande, é de muito aprendizado. E para aqueles que escolheram fazer parte e se sentem fortalecidos pelos valores institucionais do HSJosé, tenho certeza que deixam sua marca por onde passam e contribuem para o bem e para a missão que eles carregam, de salvar vidas e fazem o bem ao próximo. Rogamos a São Lucas que abençoe e fortaleça cada um na missão de cuidar. Parabéns pelo seu dia”, enaltece.