A Secretaria de Saúde, por meio da coordenação da Saúde Mental de Criciúma, promove nesta sexta-feira, a 1ª Caminhada Criciumense da Luta Antimanicomial. O ato visa defender o cuidado em liberdade de pessoas portadoras de transtornos mentais.
A saída está marcada para às 9h do Centro de Assistência Psicossocial (Caps) III, na rua Almirante Barroso, nº 947, bairro Michel. O ponto de chegada é a Praça Nereu Ramos, onde será realizado um piquenique coletivo. A organização pede que os participantes levem lanche, bandeiras e cartazes alusivos ao cuidado em liberdade.
Segundo a coordenadora da Saúde Mental, Ana Regina da Silva Losso, todos os anos os Caps se mobilizam de alguma forma para sensibilizar a sociedade de que o verdadeiro cuidado se dá no convívio com as demais pessoas.
“É uma luta que vem acontecendo há muitos anos no Brasil em função dos maus tratos e da má assistência prestada nos manicômios. Os familiares, funcionários dos hospitais psiquiátricos fizeram um movimento de luta contra esse comportamento, foi daí que nasceu a Lei da Reforma Psiquiátrica de 2001”, explica a coordenadora.
A Lei nº 10.216 de 2001, que dispõe sobre a Reforma Psiquiátrica e os Direitos das Pessoas com Transtornos Mentais no Brasil, deu início ao processo de resgate à cidadania e direitos das pessoas portadoras de transtorno mental. Ao invés de excluir como acontecia antes, a partir da lei o enfoque passou para a pessoa, proteção, assistência e atendimento médico.
Transtorno mental
Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que os transtornos mentais acometem 90% da população brasileira. São caracterizados como transtornos mentais, qualquer tipo de dependência, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), ansiedade, depressão, tentativas de suicídio, transtornos borderline (psicológicos), bipolaridade.