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Desespero: segue luta por leito de UTI para criança de Içara

A família do menino Aldo Luiz Francisco Netro de um ano segue na luta por um leito de UTI para a criança que passou por cirurgia

A luta por um leito de UTI pediátrica segue para a família do menino Aldo Luiz Francisco Neto de um ano e seis meses de Içara. Internado no Hospital São José ele precisa de um leito urgente pelo SUS. Na manhã desta segunda-feira, dia 16, uma notícia levou um pouco de esperança.

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Após passar pela mesma situação da falta de leitos e realizar uma vaquinha online, a influenciadora criciumense  Marilia Gabriela Furlan entrou em contato com a família e irá auxiliar.  Sem vagas, Marilia internou o filho de dois meses na UTI de um hospital particular com problema respiratórios. Após mobilização da sociedade, a Secretaria de Estado da Saúde promoteu que iria pagar o custo do hospital de R$10mil a diária.

“Teve um menino que fizeram vakinha para ele e sobrou R$30 mil, esse R$30mil vai ser doado para o Aldo e será utilizado para ele dar entrada em um hospital particular para ficar os três primeiros dias lá. Vamos continuar tentando o leito no SUS e vamos abrir outra vakinha para conseguir o restante do dinheiro para os sete dias porque ele precisa de sete dias”, explica a mãe de Aldo, Cláudia Silvestri. 

Na primeira tentativa em um hospital particular da região, segundo ela, não foi possível a transferência. Por isso a família segue em busca de um leito particular ou pelo SUS. “Do Estado ninguém procurou a gente, já entramos em contato. Já colocamos na mídia, ninguém procurou. Já dissemos que não importa o lugar que seja, a gente vai. Não importa a cidade. Só estar de portas aberta para receber ele que a gente vai. Damos um jeito para ir. Mas precisa dessa autorização, desse trâmite todo, que em uma hora dessa é bem complicado, é urgente”, desabafa a mãe.

De acordo com informações do Governo do Estado, na madrugada deste domingo, dia 15, existia um leito de UTI pediátrica disponível em toda Santa Catarina. No Hospital Infantil em Joinville.

Luta iniciou no final de semana

A luta da família pela vida de Aldo iniciou no final de semana. O menino de um ano e seis meses de Içara teria caído da cadeirinha e batido a cabeça. Os pais acalmaram a crianças e após um tempo ele acordou passando mal, vomitou e desmaiou. Ele foi levado para o Hospital Materno Infantil Santa Catarina.  Após foi transferido para o Hospital São José para a realização de uma tomografia e teve que passar por uma neurocirurgia de urgência.

“Quando foi visto ele realmente ia precisar da cirurgia era de madrugada, aí trouxeram a gente para cá de ambulância. Ele entrou na sala de cirurgia. Quando saiu, o médico disse que precisava do leito de UTI, mas não estava conseguindo”, relata Claudia.

No momento ele segue internado no Hospital São José, está entubado com uma sonda e precisa ser transferido para uma UTI com urgência. “Pessoal daqui pediu para levar o o Aldo para o Santa Catarina com os mesmos aparelhos que tem aqui, que ele não está com aparelho de UTI, ele precisa urgente, mas ainda não tá. Porque no Santa Catarina tem pediatra e vai conseguir acompanhar o caso dele. Aqui não tem, o pessoal tá trablhando como consegue, o que pode fazer.  Pediram pelo menos um quarto”, ressalta a mãe.

Hospital Santa Catarina segue sem leitos de UTI disponível

De acordo com o Hospital Materno-Infantil Santa Catarina, não houve a transferência para um leito comum na unidade porque o São José dispõe de mais recursos para o atendimento da criança que é de alta complexidade. Da mesma forma, destaca que não há leitos de UTI disponíveis no hospital neste momento.

“Não é possível receber um paciente que necessita de cuidados de terapia intensiva em leito comun, isso é um ato que caracteriza a má prática de medicina, sem contar que no hospital onde o paciente se encontra há os recursos necessários para quaisquer intervenções, sejam elas de controle evolutivo (tomografia) ou de reintervenção (neurocirurgia) – situações não existentes no Hospital Materno-Infantil Santa Catarina”, informa a nota.

O Hospital destacou ainda que o caso foi atendido em caráter de urgência após a criança sofrer um traumatismo craniano. Sendo levado ao Hospital São José para um definição de diagnóstico. Ao retornar ao Santa Catarina “a equipe de plantão do pronto-socorro constatou hematoma subdural, com indicação de cirurgia de emergência, quando foi novamente encaminhada ao Hospital São José que possui equipe e estrutura habilitadas para tal procedimento. Após o ato cirúrgico a criança permaneceu entubada e necessitando de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O Hospital Materno-Infantil não dispunha e ainda não dispõe de leito para receber esse pacienta”, destaca a nota.

Confira a nota completa:

O paciente foi atendido em caráter de urgência no Hospital Materno-Infantil Santa Catarina após sofre traumatismo craniano e encaminhado para realização de tomografia computadorizada no Hospital São José para uma definição de diagnóstico. Ao retornar ao Hospital Materno Infantil Santa Catarina, a equipe de plantão do pronto-socorro constatou hematoma subdural, com indicação de cirurgia de emergência, quando novamente foi encaminhado ao Hospital São José, que possui equipe e estrutura habilitadas para tal procedimento.

Após o ato cirúrgico, a criança permaneceu entubada e necessitando cuidados em unidade de terapia intensiva (UTI). O Hospital Materno- Infantil Santa Catarina não dispunha e ainda não dispõe de leito para receber esse paciente, que está em busca de leitos de UTI no Estado – primeiras informações apontam para uma vaga existente em Florianópolis, no Hospital Infantil Joana de Gusmão.

Não é possível receber um paciente que necessita cuidados de terapia intensiva em um leito comum, isso é um ato que caracterizaria má prática da medicina, sem contar que no hospital onde o paciente se encontra há os recursos necessários para quaisquer intervenções, sejam elas de controle evolutivo (tomografia) ou de reintervenção (neurocirurgia) – situações não existentes no Hospital Materno-Infantil Santa Catarina.

Além disso, é imprescindível que o paciente seja encaminhado para um centro de igual complexidade (alta), e não para uma estrutura de média complexidade, fato esse reconhecido pelas equipes envolvidas.

A natural ansiedade dos pais deve ser valorizada, porém sem que isso coloque em risco a vida do paciente, que já se encontra devidamente atendido e com os recursos necessários para a sua recuperação.

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