Se tenho uma convicção, é de que a estagnação não traz crescimento, isso vale para todas as áreas da nossa vida. Quando você pára para pensar sobre o quanto cresceu em sua carreira, por exemplo, qual resposta se apresenta em sua mente? Será que você visualiza ganhos? Não apenas financeiro, mas de desafios, projetos, talvez até mesmo de cargo. E quanto às pessoas que você lidera, demonstraram essa iniciativa? Você os encorajou a ter essa atitude? E nas reuniões, apresentou novas ideias e soluções inovadoras? Os resultados atingidos foram os esperados ou superou as suas expectativas? Ufaaaa! Cansei só de perguntar, imagine você fazendo?! Pois é, crescer dá um trabalho danado, pois inicialmente nos tira do comodismo.
É importante definir o que é zona de conforto, pois não há nada de errado em estar confortável quando sentimo-nos bem e temos crescimento também, o problema é quando isso não acontece. Se você percebe que não possui desafios, se sente incomodado com sua situação atual, independente de qual seja, que gostaria de resultados diferentes, mas continua fazendo o mesmo, cuidado, sinal amarelo piscando, zona de perigo à vista!! E o pior, você pode estar influenciando pessoas ao seu redor.
É fato, mudar é desconfortável, difícil e nos exige, nos tira de condições conhecidas, assusta, nos faz duvidar de nossas próprias capacidades, mas enquanto não entramos nesses confrontos internos, assim como a ostra, não produzimos pérolas – isso é o que chamo de desconforto calculado, aliás esse é o meu trabalho com pessoas e organizações.
Um detalhe importante, e que possivelmente, seja a razão que nos aprisiona ao conforto, é que ele nos mantém sentindo prazer, ou falso prazer, enquanto que o desconforto vai exigir inicialmente disciplina, o que pode, num primeiro momento, causar dor e por isso, evitamos.
No desconforto calculado, naturalmente existe uma necessidade de aprendizado, seja de um novo comportamento, um curso, uma nova empresa, cultura, idioma ou pessoas, o que nos leva para novos conhecimentos e patamares. E, não adianta, o conhecimento segue liderando o ranking para que tenhamos uma vida diferente e com mais autonomia, mas ele exige de você uma coisa, que você o use, que você mude.
Desejo muito desconforto em sua trajetória. Se você parar para perceber todo o desconforto inicial te levou para um novo patamar de conforto é um looping necessário, permita-se.
Pense nisso!