É preciso prestar atenção ao que propagamos sobre nós a outras pessoas. Falamos sobre quem somos a partir da forma como nos apresentamos, seja através do que vestimos, dos nossos gestos e comportamento. Fazer este primeiro recado ser positivo depende de nós.
Fale através da imagem. Ela distingue, conecta e manda mensagens poderosas.
Ao político é indispensável conectar-se com seu público e criar com ele laços de afinidade, senso de pertencimento à uma mesma comunidade, acessibilidade.
Não é uma simples roupa, é uma representação imagética carregada de significados.
Vista-se e diga quem és.
Muitas informações são percebidas quando olhamos para alguém. Sensações e emoções afloram e guiam nossa percepção.
O sentimento convence.
Argumentos são essenciais para transmitir credibilidade, mas o sentimento deve estar em coerência com o que é verbalizado. Não basta falar, a imagem tem que convencer.
Coerência entre argumentos e o que é visto é essencial.
Trazer clareza à própria imagem, à forma de vestir-se, é a escolha mais inteligente para um político. Isto faz com que as pessoas o enxerguem como alguém mais próximo de si, alguém com quem compartilham afinidades.
A história de vida, os gostos pessoais, os posicionamentos, as lutas, a ideologia, tudo deve estar agregado à imagem pessoal de um político. Ele(a) precisa estampar com coerência e consistência quem é. E a roupa faz isto, ela traz esta autenticidade ao campo visual.
As pessoas querem ver quem é seu candidato, querem conhecer o político que apoiam, querem encontrar uma pessoa que com quem compartilhem afinidades. É o sentimento de proximidade que une. Portanto, nada melhor do que a imagem para ser a vitrine que expressa estas e outras questões.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em etiqueta e pós-graduanda em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política