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Deputados de SC debatem possibilidade de parceira com Itália para combate à Covid-19

Uma possível parceria com a Itália no enfrentamento à Covid-19 foi debatida na Comissão de Saúde da Alesc. Em reunião virtual realizada na manhã de ontem, 18, os deputados discutiram com o conselheiro Internacional do Ministro das Universidades Italianas, Paolo Carbone, ações que podem vir a gerar um acordo para desenvolvimento e teste em território catarinense de uma vacina contra o novo coronavírus.

O debate foi iniciativa do deputado Ismael dos Santos (PSD), após sugestão do conselheiro da Câmara Italiana de Comércio e Indústria em Santa Catarina, Diego Mezzogiorno de Paola. “Estamos sendo cobrados pela sociedade sobre quais são as iniciativas do governo e da Alesc em relação ao enfrentamento da pandemia”, explicou. Além dos infectados e dos que perderam a vida por causa da doença, há o colapso econômico, citou. Mas também há a preocupação com a continuidade do trabalho. “O Diego nos procurou falando sobre um possível consórcio com o governo italiano. Falamos com o embaixador da Itália no Brasil, com a Universidade Federal de Santa Catarina, com o Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública], com a Secretaria de Saúde, de onde surgiu a ideia desta reunião para que pudéssemos entender o estágio das vacinas que estão sendo desenvolvidas na Itália, sua eficácia, a possibilidade de serem subsidiadas pelo governo italiano”, contou.

O integrante da Câmara Italiana de Comércio e Indústria no Estado destacou que há expectativas sobre os custos destas vacinas, que possivelmente possam sair pela metade do preço das vacinas produzidas pela iniciativa privada. “Sabemos que surgirão vacinas, mas por muito tempo vai existir uma demanda por atualização vacinal. Com a possibilidade de termos um consórcio [com a Itália], com tecnologia, poderemos a longo prazo absorver esta tecnologia”, avaliou

Carbone relatou que o ministério do qual faz parte financiou 15% todas as vacinas em desenvolvimento na Itália. “Não há dificuldade de criarmos uma aliança, mas a competência do gerenciamento, é de outras áreas [do governo do país europeu]. O que podemos fazer é apresentar [a proposta] aos responsáveis, acompanhar Santa Catarina no que for necessário para o desenvolvimento de um acordo. O ministério tem todo interesse em participar e se manifestar institucionalmente”, garantiu.

De acordo com Carbone, o governo italiano resolveu apoiar todas as vacinas potenciais. “Não só pela quantidade, mas porque ninguém sabe qual vai funcionar melhor. Cada uma terá alguma positividade e outras, talvez não. São necessários cinco, dez anos para desenvolver normalmente, é preciso ter a maior variedade possível de soluções”, contou.

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Na opinião da deputada Ada de Luca (MDB), tudo que vem é bem-vindo. “Temos que somar forças com outros estados e países para melhorar a situação. Ao menos para que tenhamos ao menos um 2021 mais tranquilo, ainda que a cura seja muito difícil”, comentou. O deputado Valdir Cobalchini (MDB) avaliou que este é o assunto mais importante no mundo. “Não há nada mais importante do que a vacina. É alentador ouvir que a Itália trata de modo evoluído a vacina e as parcerias. As imagens que vieram da Itália nos impactaram demais. Tomara que possa surgir uma parceria”, concluiu.

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