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Deputada não sabia do leilão

Presidente estadual do Cidadania, partido que tem dificuldade para compor uma chapa à Câmara com viabilidade, a exemplo de outras siglas, a deputada federal Carmen Zanotto dá risada ao ouvir que virou objeto de uma espécie de leilão, patrocinado por dois pré-candidatos ao governo: o senador Jorginho Mello (PL) e Gean Loureiro (União Brasil).
O relato de que Carmen virou moeda de troca por ambos parece inverossímil, mas chegou à coluna via integrantes de outros partidos, instados pela dupla quando o assunto eram nomes com relevância para compor a chapa proporcional, ou seja, para fechar acordos, Jorginho e Gean usam o nome da deputada.
Carmen confirma que conversou com Gean, que a visitou no escritório em Lages, uma conversa cordial, segundo relato da parlamentar, e também com Jorginho, no mesmo tom, e lembra que o senador a ajudou na eleição municipal de 2020, quando concorreu à prefeitura.
Enfermeira por formação, a deputada federal está no segundo mandato, foi secretária Estadual da Saúde por duas vezes e é uma das referências do Congresso na área de saúde.
A parlamentar reconhece a dificuldade do Cidadania em ter nominata significativa para 2022, sabe que o destino do partido é integrar uma federação para ganhar musculatura e afirma que a direção nacional já decidiu que não estará nem com Luiz Inácio Lula da Silva nem com Jair Bolsonaro, os extremos da próxima campanha, tampouco estabeleceu eventuais parceiros preferenciais.

Avaliação

Se Gean e Jorginho são obrigados a usar o mesmo nome, do qual não têm aval para tanto, para angariar o apoio de outros partidos, o sinal claro é o de que andam em situação delicada.
A antecipação do palanque eleitoral, patrocinada por Jair Bolsonaro, produzirá cada vez mais este quadro, correria para tentar fechar qualquer aliança, o problema é entregar o que se põe à mesa.
Melhor era perguntar para Carmen Zanotto, no mínimo.

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