Demandas do setor pesqueiro são apresentadas em encontro em Balneário Rincão

Demandas do setor pesqueiro da região Sul foram apresentadas e tratadas, na tarde desta quinta-feira, 27, em reunião na Colônia de Pesca Z-33 em Balneário Rincão. O encontro reuniu o presidente da Federação de Pescadores do Estado de Santa Catarina (Fepesc), Ivo da Silva, presidentes de Colônias de Pescadores da região Sul (Passo de Torres, São João do Sul, Araranguá, Balneário Gaivota, Balneário Arroio do Silva e Balneário Rincão), o secretário Executivo de Pesca e Aquicultura de Santa Catarina, Tiago Bolan Frigo e outras autoridades.

“Estamos preparando algumas demandas que serão entregues aos governos do Estado e Federal. Vamos produzir um documento que será entregue aos órgãos especializados. Junto com as demais regiões vamos transformar os pleitos em um só relatório”, informou o presidente da Fepesc.

Entre as demandas da região sul destaque para: questões referentes a tainha, papa-terra, lagoa de Sombrio, benefício do seguro-desemprego as mulheres pescadoras que beneficiam pescados, licença das embarcações, regras para a pesca com o uso do calão ou cabo fixo, recadastramento e manutenção das carteiras de pescadores. “Antes era anual e agora são seis meses. Estamos brigando para que continue sendo anual. No caso do recadastramento muitos não conseguem acessar o sistema. Precisamos que o sistema seja simplificado”, disse ele. “Temos esperança de que os pleitos de Santa Catarina sejam ouvidos”, declara.

Sobre a dificuldade em comercializar o peixe, Silva, informa que treinamentos serão promovidos para qualificar os pescadores. “Irá servir para beneficiar o pescado e agregar valor”, destaca. Segundo ele já existe projeto, mas ainda se faz necessário locais específicos para a atividade. “São muitas exigências e precisamos estar adaptados a estes regulamentos”, informa.

O presidente da Colônia Z-33, Rogério Feliciano Cardoso, comenta que hoje a principal necessidade dos pescadores é moradia. “Uma parte precisaria de auxílio-moradia, como também facilidades em financiamentos”, disse ele que comanda a colônia com mais de mil associados. Willy Heidner, presidente da Colônia de Pescadores Z-16, de Araranguá, destaca que a fiscalização da pesca é o principal debate em sua região. “Não existe uma fiscalização e orientação efetiva”, lamenta.

Linha de crédito específica para pescadores

Os assuntos tratados foram entregues ao secretário Executivo de Pesca e Aquicultura de Santa Catarina, Tiago Bolan Frigo. Na oportunidade, o secretário levou informações sobre o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e com relação a uma linha de crédito estadual voltada ao pescador, por meio da resolução do Conselho de Desenvolvimento Rural do Estado e Fundo de Desenvolvimento Rural, que abrange os pescadores e apicultores. “Uma das linhas chega a R$40 mil, sem juros, com cinco anos para ser paga, podendo ser usada em casos de emergências para compra de equipamentos e com desconto de 40% nas parcelas caso sejam pagas em dia”, informou.